O teatro está de volta ao TMG, com “Novecentos – O Pianista do Oceano”, pela Peripécia Teatro. A peça está em cena amanhã à noite, no pequeno auditório, e baseia-se no texto “Novecentos”, do dramaturgo italiano Alessandro Baricco.
Nesta produção cabem o humor, a poesia e a música, uma vez que dois clarinetistas interpretam ao vivo temas de “ragtime”, música “klezmer”, celta e originais. A personagem “Novecentos” é um pianista excepcional que nunca desceu do Virginian – um paquete que, nos princípios do século XX, percorria as rotas de emigrantes e milionários entre a Europa e a América. Foi encontrado naquele navio com apenas alguns dias de vida, abandonado dentro de uma caixa de limões em cima do piano do salão de baile. Aí cresceu, adoptado e educado pela tripulação. “Novecentos” foi, originalmente, um monólogo escrito para um actor, contudo, a Peripécia transformou-o num espectáculo onde predomina a acção.
«O jogo dos actores tem a espontaneidade dos contadores de histórias, à mistura com a ironia dos “entertainers”, o humor inocente dos “clowns” e a versatilidade dos transformistas», adianta a produção. A encenação é de Noelia Domínguez e a interpretação de Ángel Fragua e Sérgio Agostinho, com Luís Filipe Santos e Tiago Abrantes (clarinetes). A peça é uma co-produção com o Teatro de Vila Real, a partir de uma residência artística naquela casa de espectáculos. A Peripécia Teatro é uma companhia transnacional, fundada em 2004 por dois actores espanhóis e um português, Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho.