A Universidade da Beira Interior (UBI) não vai recorrer da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco (TAFCB), que considerou «ilegítima e inoportuna» a acção judicial que a instituição da Covilhã interpôs contra a Universidade da Madeira.
Escusando-se a mais pormenores, Santos Silva revelou a O INTERIOR que a UBI «não deverá recorrer da decisão judicial», mas garantiu que, independentemente da decisão que venha a ser tomada, «irão ser ponderadas novas formas de luta contra o conjunto de formalidades que a Universidade da Madeira não cumpriu». De resto, o reitor garantiu que «tem havido uma grande confusão em torno de um assunto que é demasiado simples», reiterando que «são precisos mais professores e menos sindicatos». Apesar de tudo, Santos Silva garante que não está contra o estabelecimento insular: «Apenas queremos esclarecer questões de carácter administrativo, ninguém está contra ninguém», garantiu, acrescentando que «quando há dúvidas sobre alguma matéria, a atitude correcta é recorrer à ajuda dos Tribunais». Quanto aos processos disciplinares instaurados aos dois professores do Departamento de Ciências do Desporto, Santos Silva diz tratar-se de «uma situação normal numa instituição que congrega mais de 600 docentes». Agora, vai competir à «acção disciplinar do Senado pronunciar-se sobre estas matérias», explicou. De resto, o Reitor da UBI assegura que não existe «qualquer perseguição» aos professores em causa. «Simplesmente, quando existem dúvidas, é preciso averiguar para esclarecer», justificou, não sem antes deixar o apelo: «Gostava que os professores se dedicassem mais aos alunos, os assistissem de forma adequada e se deixassem destas coisas». Recorde-se que na base da acção judicial que a UBI levantou à sua homóloga da Madeira esteve o doutoramento que um docente do departamento de Ciências do Desporto efectuou no estabelecimento insular. Para além disso, a UBI decidiu ainda instaurar processos disciplinares a dois professores daquela área que já cumpriram um período de greve de oito dias para contestar uma alegada distribuição indevida de disciplinas.
