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Francês ensinado às crianças do ensino básico

Embaixada de França assinou protocolo com a Câmara e a Escola Superior de Educação

O ensino do francês vai integrar, em 2008, as actividades de enriquecimento curricular nalgumas escolas e jardins-de-infância do município. A medida consta de um protocolo assinado, na segunda-feira, entre a Embaixada de França, a Câmara e a Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) para a implementação de um programa de ensino precoce daquela língua.

Este ano 150 crianças dos jardins-de-infância da Sé e Alfarazes e da escola do ensino básico do Bonfim estão a aprender francês desde Setembro através do projecto “1,2,3… Français”. Este acordo vai permitir desenvolver o programa de forma «mais alargada e sistematizada», afirmou o director da ESEG, à qual compete o enquadramento, a formação e o acompanhamento pedagógico dos tutores. De resto, Joaquim Brigas recordou que a escola tem implementado o projecto «por sua iniciativa» desde 2002. Começou nos jardins-de-infância da Póvoa do Mileu e da Guarda-Gare, alargando-se nos anos seguintes aos jardins-de-infância da Sé e Alfarazes e às escolas primárias do Bonfim, Augusto Gil, Santa Zita e Escola Regional Dr. José Dinis da Fonseca. Por sua vez, a Embaixada de França apoiará a formação e o acompanhamento pedagógico dos tutores, através da oferta de material pedagógico.

Para o Cônsul Geral, Philippe Barbry, este projecto justifica-se pelas «relações que existem entre o nosso país e esta região, de onde saíram muitos emigrantes, mas também pelo futuro das suas novas gerações». Um aspecto igualmente realçado por Joaquim Valente. O presidente da autarquia disse esperar que o programa possa contribuir para «o sucesso da próxima geração», destacando o facto da União Europeia estar actualmente a promover o bilinguismo no seu seio. «É importante que a comunidade escolar comece a ser bilingue muito cedo», reconheceu o autarca, para quem essa será «uma vantagem numa Europa mais alargada e competitiva, onde já se fala em instituir uma terceira língua oficial». Mas o município da Guarda promete não ficar por aqui. Depois do inglês e do francês, será a vez do espanhol integrar as actividades de enriquecimento curricular no ensino básico. «É uma medida a encarar seriamente no futuro, porque é nestas idades que se aprende melhor», justificou Joaquim Valente.

A ESEG editou, entretanto, o livro “A Fé e o Império: Desafio e/ou Utopia Lusíada?”, de Luís Crespo de Carvalho, natural de Vila Fernando (Guarda). Trata-se de mais uma iniciativa inserida nas comemorações dos 20 anos da escola.

Luis Martins

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