Hoje, graças à tecnologia, principalmente a da electrónica (…), o homem tem ao seu dispor laboratórios altamente sofisticados para fazer um diagnóstico certeiro sobre o mal que afecta o doente (…).
Nas análises clínicas pode mandar um técnico fazer as respectivas colheitas a casa do doente a pedido do seu médico. Até aqui tudo bem. Mas quando se trata de exames radiológicos o caso muda totalmente de figura, visto que os aparelhos necessários e o seu técnico não podem ir ao doente (…). A Guarda dispõe apenas de um centro de diagnóstico de raio X. As pessoas que atendem são simpáticas e diligentes e, às vezes, a elas próprias custa-lhes dar uma nega de serviço, como, por exemplo, não quererem receber uma credencial para marcar apenas a data do exame, o que cria muitos inconvenientes a quem vem de fora.
O local e a distância desses serviços é que deixa muito a desejar, vejam-se apenas dois casos. Uma pessoa apoiada numa bengala, ou muletas, tem dificuldade em subir ou descer sem ajuda três ou quatro metros de rampa, junto à porta de entrada,
Se o doente vai de ambulância, pode ter sorte em que esta tenha lugar para estacionar e se estiver a chuviscar, até vai de cara lavada fazer o exame. Se houvesse boa vontade, podiam montar mangas idênticas às dos aeroportos. Mas esses serviços não podiam passar para o nosso hospital?
Não dizemos para ficar sob o tecto, mas, pelo menos, na cerca do antigo Sanatório. Médicos, serviços e doentes, estávamos todos juntos. Ao doente não lhe interessa saber se há ou não valores monetários na actual situação, mas sim a sua saúde e possível conforto. Façamos dos nossos serviços clínicos da Guarda um jardim acolhedor para todos e tenham dó…
António do Nascimento, Guarda