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O regresso de Elliot Sharp

Uma guitarra acústica e Thelonious Monk no pequeno auditório do TMG

O multi-instrumentista norte-americano Elliot Sharp está de volta à Guarda para interpretar temas de Thelonious Monk à guitarra. O concerto é amanhã à noite no pequeno auditório, a propósito de um dos seus últimos álbuns “Sharp? Monk? Sharp! Monk!”.

Sharp é um compositor versátil e multifacetado que ocupa um lugar de destaque na cena experimental de Nova Iorque há cerca de 30 anos. Lançou mais de 200 discos num espectro musical que vai dos blues e do jazz ao rock “no wave” e ao techno, passando pela música para orquestra e pelo noise. Lidera os projectos Carbon, Orchestra Carbon, Tectonics e Terraplane, tendo sido um pioneiro na aplicação da geometria fractal, da teoria do caos e de metáforas genéticas na composição e na interacção musicais, assim como no uso da informática na improvisação ao vivo. Já Thelonious Monk (1917-1982) é um mito do jazz. Foi um singular pianista e compositor norte-americano que fundou o bebop, com Charlie Parker e Dizzie Gillespie. O seu reportório oscila entre composições originais (estruturas harmónicas subversivas e desvarios improvisacionais) e reinvenções de standards. Como muitos outros artistas insubmissos, Monk era tido como «um louco, um génio excêntrico e perturbado que criava de forma obsessiva e atormentada, experimentador de mundos em busca da perfeição interpretativa e composicional», refere a produção.

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