P – No passado domingo venceu o seu primeiro jogo enquanto treinador do Sporting da Covilhã. Ficou satisfeito com esta vitória alcançada no dérbi regional, frente ao Benfica de Castelo Branco?
R – Obviamente. Foi um óptimo jogo de futebol, em que mostrámos claramente a nossa superioridade. Agora há que dar continuidade ao trabalho. A equipa fez uma óptima prestação, num jogo de grande importância, uma vez que se tratou, de facto, de um dérbi.
P – Como encara este novo desafio de treinar o Sporting da Covilhã?
R – Encaro com muito optimismo. Quem anda no futebol não tem receio deste tipo de desafios. O Covilhã é um clube com um certo passado e um historial muito grande no futebol português e, como tal, é nessa base que orientá-lo se torna um desafio e uma responsabilidade. Por outro lado, espero ter alguma sorte, uma vez que este é o maior clube que já representei.
P – Sente-se preparado para lidar com a pressão de orientar um clube que, explicitamente, pretende subir de divisão?
R – Eu já tenho alguns anos de ligação ao futebol e de uma coisa tenho a certeza: quem tiver medo de lidar com algum tipo de pressão não pode estar ligado a este mundo futebolístico. Não há que ter medo, julgo que no futebol existe uma pressão diária, semanal e constante. Portanto, encaro estas responsabilidades como sendo naturais.
P- Aliás, o Sporting da Covilhã é como que um “eterno” candidato à subida, como de resto referiu durante a sua apresentação…
R – O Covilhã é, de facto, um eterno candidato e este ano não foge à regra, uma vez mais. Queremos continuar com esse estatuto e é nesse sentido que irei trabalhar.
P – Mas acredita ter as condições necessárias para concretizar a subida?
R – Julgo, francamente, que as condições estão reunidas. Contudo, teremos de trabalhar todos para o mesmo lado, de modo a atingirmos a subida – objectivo almejado pela equipa, pela Direcção e por todos os associados.
P – Que diagnóstico já traçou da equipa, através dos contactos que tem mantido com o plantel?
R – Aquilo que eu constatei é que se trata de uma equipa com qualidade. Veremos, daqui em diante, se os jogadores serão capazes de dar resposta às exigências que vão surgir. No entanto, acredito que isso irá acontecer.
P – Que alterações pretende levar a efeito no que diz respeito à equipa?
R – É precoce falar sobre este assunto. Ainda agora aconteceu o primeiro jogo. Mas pelo que já pude observar, posso adiantar que não acontecerão grandes alterações. Naturalmente que irão mudar algumas coisas, mas considero prematuro proceder a grandes mudanças e, mais ainda, falar sobre o assunto.
P – Ainda assim, equaciona a possibilidade de novas contratações num futuro próximo?
R – Para já não. Acredito que o Sporting da Covilhã tem um óptimo colectivo e quero continuar a trabalhar com este plantel – que ainda no último domingo se portou de forma exemplar.
