Apesar de jogar em casa e com uma equipa da sua divisão, o Ginásio Figueirense foi eliminado da Taça de Portugal pelo Sport Lisboa e Cartaxo, que milita na série E. Contudo, no último domingo, os figueirenses mandaram na partida do primeiro ao último minuto, mas voltaram a confirmar a máxima segundo a qual “quem não marca, arrisca-se a sofrer”.
É que os homens do Cartaxo marcaram na única oportunidade de que dispuseram, carimbando assim o passaporte para a próxima eliminatória. O golo apareceu ao minuto 24 e castiga a inoperância dos centrais do Figueirense, que deixaram Job cabecear à vontade e bater Nuno Morais, que nada podia fazer. Contudo, foi sempre o Ginásio Figueirense que controlou a partida perante uma equipa de muito menos valia técnica, mas que se posicionou em campo com 11 homens atrás, cortando todas as linhas de passe aos locais. E se até aos 24’ o Cartaxo raramente apoquentou Nuno Morais, a partir daí limitou-se a defender o precioso golo que veio a valer a qualificação e a consequente eliminação do Ginásio Figueirense. Pensava-se que a equipa da casa conseguiria dar a volta ao resultado, mas, umas vezes por inoperância dos avançados, outras pelas boas intervenções de Peter, o golo não apareceu.
E as coisas tornaram-se muito mais difíceis quando Oliveira, aos 55 , viu o vermelho directo por ter feito uma “tesoura” a um adversário que o árbitro não perdoou. Manuel Barbosa ainda mexeu na equipa, só que nada se alterou. Apesar de não ter realizado uma boa exibição, o Ginásio não merecia ter sucumbido aos pés de um adversário que estava perfeitamente ao seu alcance. A equipa de Manuel Barbosa pode também queixar-se da arbitragem, tanto na expulsão de Oliveira, como no julgar de, pelo menos dois lances, em que assinalou posição irregular aos avançados figueirenses quando estes estavam em jogo. O árbitro da partida, que viajou de Castelo Branco, esteve mal e pode, de alguma forma, ter influenciado o resultado final. Há no distrital da Guarda árbitros com muito mais categoria.
Fernando Araújo/Rádio Elmo