Na recepção ao Valonguense, e motivado pela vitória sobre o União de Lamas para a Taça de Portugal, o Ginásio Figueirense não conseguiu melhor que um empate a zero na segunda jornada do nacional da série C da IIIª Divisão Nacional. No último domingo, o Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo registou uma boa afluência de público, para a qual contribuíram os adeptos que se deslocaram de Valongo do Vouga, no distrito de Aveiro.
Esperava-se mais destas duas equipas, que conseguiram vencer na primeira jornada do campeonato e também na primeira eliminatória da Taça de Portugal. De facto, não se assistiu a uma boa partida de futebol, com muitos passes transviados e a bola a viajar muito pelo ar, o que contribuiu para o desalento do público. As duas formações entraram em campo muito apáticas, denotando talvez algum receio mútuo. No entanto, apesar de tudo, foi o Figueirense que se apresentou em melhor plano, pressionando a toda a largura do terreno e não deixando que o Valonguense criasse perigo junto da baliza de Nuno Morais. Os visitantes utilizavam lançamentos compridos para a área do Ginásio, que “morriam” ou nos pés dos defesas locais ou nas mãos do guarda-redes da equipa da casa.
Ainda se pensou que as equipas entrassem com outra disposição para a segunda parte, mas o cariz da partida não se alterou, embora no início do segundo tempo o Valonguense ainda tenha dado um ar da sua graça, criando algum perigo. Contudo, este atrevimento foi sol de pouca dura, já que o Ginásio assumiu de novo o controlo das operações, tendo sido a equipa que esteve mais perto do golo. Apesar das alterações introduzidas pelos dois técnicos, o panorama não se alterou e o marcador não funcionou até ao final do encontro, num resultado que nos parece justo. Quanto ao trio de arbitragem, que veio de Castelo Branco, esteve num plano aceitável, embora tenhamos ficado com algumas dúvidas num fora-de-jogo assinalado a um homem do Valonguense e de uma pretensa grande penalidade não assinalada a favor do Figueirense.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo