Como normalmente sucede, as primeiras queixas sobre a arbitragem surgem com os primeiros pontos perdidos e logo com uma equipa vinda da IIIª Divisão, que só aspira à manutenção. No sábado, o Sporting da Covilhã não conseguiu melhor que um empate a uma bola na recepção ao Sátão e já deixou o Nelas isolar-se na frente do campeonato.
Como lhes competia, os “leões da Serra” entraram melhor e criaram o primeiro lance de perigo logo aos 12 minutos, com Vladimir a arrancar um cruzamento para perto da baliza que ninguém conseguiu aproveitar da melhor forma. Os visitantes reagiram de seguida e beneficiaram de uma boa oportunidade, desperdiçada pela má pontaria de Alberto. Pouco depois, o covilhanense André forçou Zé Luís a aplicar-se. Apesar do maior domínio dos locais, as ocasiões repartiam-se. Aos 25 , Márcio perdeu a bola para Palhares, que, isolado frente a Igor Araújo, atirou ao lado. O técnico covilhanense não estava satisfeito com o desenrolar da partida e, perto da meia hora, fez entrar Fabrício para o lugar de Márcio. A aposta não poderia ter sido melhor, já que no minuto seguinte e na primeira vez que tocou na bola, o avançado brasileiro (ex-Gondomar) desviou com êxito um cruzamento de Cordeiro. Empolgado com o golo, o Covilhã continuou a mandar na partida e até ao intervalo André esteve perto de ampliar a vantagem por duas vezes.
Na etapa complementar, o jogo começou muito disputado a meio-campo, com o Sátão a restabelecer a igualdade aos 64 , por Azevedo, que rematou certeiro após boa assistência de Pavic. Este golo “acordou” novamente os covilhanenses e, aos 73 , Ankyofna rematou à trave, enquanto que, na recarga, Paulo Vaz cabeceou por cima. Até que aos 85 surgiu o caso do jogo. Paulo Campos rematou forte no travessão antes da bola embater no chão, com as hostes locais a reclamarem pelo golo por o esférico ter supostamente passado a linha, mas o árbitro entendeu o contrário. Ainda assim, o Covilhã continuou em busca da vitória, que esteve perto de acontecer aos 89 , quando Edgar cabeceou com muito perigo. O trabalho do trio de arbitragem, comandado por António Batista, fica ligado ao lance que poderia ter originado o 2-1. No final, Vítor Cunha não estava nada satisfeito com os primeiros pontos perdidos: «Independentemente de alguns lances incríveis ajuizados pela equipa de arbitragem, isso não desculpa tudo. Tivemos muitas hipóteses de ganhar o jogo, mas a equipa deixou-se andar e quando quis acordar já era tarde. A culpa é só nossa», criticou o treinador do Covilhã.