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Centro Hospitalar da Cova da Beira reduz prejuízo em 54,6 por cento

Ainda assim, unidade, que integra hospitais da Covilhã e Fundão, apresenta resultado negativo superior a dois milhões de euros

O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), que integra os Hospitais da Covilhã e do Fundão, diminuiu o prejuízo em 54,6 por cento no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período de 2006. No entanto, apesar da significativa redução, a unidade apresenta um resultado negativo de 2,1 milhões de euros. Os dados relativos ao desempenho dos 35 Hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE) foram divulgados no final da semana passada pelo ministério da Saúde e estão disponíveis no site www.acss.min-saude.pt/homepage.

No primeiro semestre do ano transacto, o CHCB apresentou um resultado negativo de 4,7 milhões de euros, o que significa uma melhoria de 2,6 milhões de euros. Também no item dos fornecimentos e serviços externos se verificou uma redução substancial dos custos de 6,5 milhões (no primeiro semestre de 2006) para 5,4 milhões (no mesmo período de 2007), num decréscimo de 16,9 por cento. Nesta rubrica, o montante gasto em subcontratos desceu de 2,5 para 1,4 milhões, enquanto a verba dispendida com fornecimentos e serviços registou uma subida de apenas 0,1 por cento, de 3,983 (em 2007) para 3,980. De igual modo, na análise dos consumos houve uma redução de 5,65 para 5,43 milhões. Neste âmbito, os custos com produtos farmacêuticos seguiram a mesma tendência, diminuindo de 4,3 para 4,2 milhões, enquanto as despesas com medicamentos decaíram de 3,5 para 3,4 milhões. No que toca aos custos operacionais antes de amortizações e provisões (“cash costs”) também sofreram uma quebra de 29,033 milhões para 27,841 milhões. Em sentido inverso, houve um ligeiro e compreensível aumento dos custos com pessoal, de 17,033 milhões nos primeiros seis meses deste ano contra 16,914 do período homólogo de 2006, tendo-se verificado um ligeiro incremento das remunerações base de 8,955 para 8,592 euros. O total dos custos, incluindo todos os itens, também diminuiu de 31,293 milhões em 2006 para 29,217 milhões no primeiro semestre deste ano. Por sua vez, o total dos proveitos subiu, passando de 26,606 para 27,090 milhões de euros, sendo de destacar as prestações de serviços que resultaram num encaixe de 26,216 milhões contra os 19,023 obtidos em 2006.

A nível nacional, os 35 Hospitais EPE diminuíram o prejuízo em 57,4 por cento no primeiro semestre deste ano, para 127,9 milhões de euros, havendo apenas oito a registar um resultado líquido positivo, com destaque para o Hospital de São João e para o Instituto Português de Oncologia do Porto, com lucros de 9,6 e 9,1 milhões de euros, respectivamente. Em oposição, o Centro Hospitalar Lisboa Central e a Unidade Local Saúde Norte Alentejano foram aqueles que tiveram maiores prejuízos, na ordem dos 23 milhões de euros. Entretanto, o ministro da Saúde, Correia de Campos, já desvalorizou os números do défice, considerando que os valores negativos não são «de maneira nenhuma preocupantes», assegurando mesmo que, «de momento», nenhum destes estabelecimentos corre o risco de perder o estatuto, frisou à margem de uma iniciativa no âmbito do Plano Tecnológico, em Viana do Castelo.

Ricardo Cordeiro

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