A empreitada da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) tem sido palco de diversos furtos. Na madrugada da passada quinta-feira aconteceu um dos mais significativos até ao momento, já que desapareceu uma mini-carregadora Bobcat, no valor de 25 mil euros. A máquina, propriedade da empresa Chupas & Morrão, estava “estacionada” junto de tantas outras que diariamente realizam os trabalhos de pavimentação de acesso à PLIE.
Eduardo Baía, engenheiro mecânico da construtora, garante que «não foi um trabalho de amadores» e que os ladrões fizeram uma ligação directa ou «içaram a máquina com um camião-grua». A firma já apresentou queixa na GNR da Guarda e, de acordo com as autoridades, que patrulham regularmente a área devido aos furtos de gasóleo que ali acontecem quase diariamente, a máquina já não estava junto das outras à meia-noite, hora a que fizeram a ronda. Relativamente ao gasóleo, tanto a Chupas & Morrão, à qual foram roubados 400 litros na noite anterior ao desaparecimento da mini-carregadora, como o consórcio responsável pela construção das infraestruturas da Área de Localização Empresarial e de serviços, formado pela Abrantina, António Rodrigues Leão Construções e António Saraiva & Filhos, têm sido vítimas de furtos sucessivos. O responsável da ARL pelas obras na PLIE, Carlos Marques, adianta que as suas máquinas são alvo de «roubo e vandalismo» e que os “amigos do alheio” levaram já cerca de «500 litros de combustível e ferramentas», situação também comunicada à GNR local.
O engenheiro sublinha que «até na Urbanização das 7 Bicas, uma zona rodeada por muitas casas, já roubaram gasóleo nos camiões que ali ficam ao fim-de-semana». Já Carlos Santos, engenheiro da António Saraiva & Filhos, garante que esta situação se arrasta desde o início das obras na PLIE, «há cerca de ano e meio», e que quase diariamente são roubados «entre 50 e 200 litros de gasóleo das máquinas», apesar dos funcionários as deixarem, no final do dia de trabalho, «sempre com pouco combustível». Esta é, até agora, a única medida tomada pelos responsáveis das construtoras envolvidas nos trabalhos da plataforma, uma vez que consideram impossível contratar segurança para toda aquela zona. “O Interior” falou ainda com o major António Almeida, comandante interino da GNR da Guarda, que declinou falar da frequência com que a área tem sido patrulhada pelos guardas por se tratar de uma «questão operacional». O roubo de gasóleo não é inédito na Guarda. Há cerca de três meses a PSP deteve o suspeito de furto de combustível de camiões estacionados na Rua Formosa, na Guarda-Gare. Tratou-se de um indivíduo já referenciado pela polícia da cidade.