À semelhança do que sucedeu em todo o país, também no distrito da Guarda se verificou uma diminuição do número de incêndios desde o início do Verão. Enquanto que em 2006 o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) registou 50 incêndios em povoamentos nos meses de Julho e Agosto, este ano, durante o mesmo período de tempo, apenas foram registados nove fogos.
Já no que diz respeito a incêndios florestais agrícolas ocorreram, no ano transacto, 26 incêndios enquanto que, até à data, apenas se verificaram 10. Porém, a taxa de incêndios incultos continua elevada, tendo sido registados 174 incêndios, cerca de metade dos ocorridos em 2006. Quanto à área ardida também se verificou uma acentuada diminuição. Enquanto que em 2006 foram consumidos cerca de 2.033 hectares, este ano, em período homólogo, arderam pouco mais de 281 hectares. Segundo dados do CDOS da Guarda, o dia em que se registaram mais ocorrências verificou-se no passado 27 de Julho, quando se registaram 10 ocorrências. Já o concelho mais fustigado com incêndios no último mês de Julho foi o de Vila Nova de Foz Côa, com 168 hectares de área ardida. A nível nacional os incêndios florestais ocorridos desde o início do ano e 31 de Julho, consumiram mais de 5.086 hectares. Contudo, este valor fica bastante aquém dos registados em anos anteriores, divulgou, na semana passada, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF). Segundo o relatório provisório, registaram-se, neste período, 4.529 ocorrências de fogo, sendo 571 incêndios florestais e 3.958 fogachos. Contrariando todas as previsões, este Verão acabou por ser o menos quente dos últimos anos, sendo essa uma das principais causas apontadas para a As condições atmosféricas foram os principais responsáveis por tais melhorias. «No mês de Janeiro choveu menos do que era esperado, enquanto que Junho foi dos meses analisados, aquele em que ocorreu em média uma maior precipitação», pode ler-se no relatório.