Definido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1972, para marcar o início da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano, o dia 5 de Junho é comemorado todos os anos em mais de 100 países. Este ano, a Noruega acolherá as cerimónias oficiais do Dia Mundial do Ambiente, que terão lugar em Tromso.
Tendo como slogan “Melting ice – a Hot Topic”, as comemorações mundiais incidirão sobre o efeito das alterações climáticas, prevendo-se que sejam maiores nos pólos, levando a um degelo importante.
O Dia Mundial do Ambiente, deve ser entendido num sentido político e genérico, como a referência aos contextos relacionados com a sociedade, natureza ou ambiente natural que importa preservar por razões económicas, estéticas, filosóficas, sentimentais, etc.
Nos últimos anos a opinião pública tem vindo a ganhar uma consciencialização para as questões ambientais, influenciada pelos líderes de opinião, que tomam, muitas vezes, este tema como referência da sua acção, pela presença nas agendas das grandes organizações mundiais ou pelo envolvimento de “marcas” de referência nas questões da sustentabilidade ambiental.
Naturalmente que o marketing dos grandes grupos empresariais e institucionais acompanham os assuntos que preocupam as sociedades, no sentido de obter maior acolhimento, rentabilidade e promoção dos seus produtos, mas ao mesmo tempo, estão a fomentar nas pessoas um maior envolvimento nas questões ambientais, apelando a uma nova atitude.
Os meios de comunicação social, diligentes em perceber o que cativa atenção, estão cada vez mais atentos aos delitos ambientais, denunciando e informando sobre o que por aí vai acontecendo. Movimentos, como Greenpeace, têm cada vez mais peso e mais influência no mundo político e económico. Outros, sustentados no princípio da defesa do ambiente, resvalam para o fundamentalismo.
Na verdade o tema está aí, na boca do povo, é moda e fica bem, contudo nem sempre o que se diz é o que se faz, mas já dizia o velho ditado, “faz o que eu digo e não o que eu faço” e se, assim for, ainda bem, porque a preservação do meio ambiente não pode ser uma preocupação de um dia, ou de alguns de nós. Tem de estar presente no nosso dia-a-dia, sabendo que do ponto de vista dos seres humanos, um limite mínimo de salubridade e um limite máximo de conforto delimitam fisicamente um meio ambiente saudável.
O limite mínimo de salubridade será aquele que permite a reprodução da espécie. O limite máximo de conforto é aquele que garante condições de salubridade para as gerações humanas futuras. Por isso, façamos alguma coisa pelo ambiente.
Por: Alcino Meirinhos