Dezenas de crianças são as protagonistas, no sábado à noite, do espectáculo de ópera “A Floresta”, baseado num conto de Sophia de Mello Breyner Andresen. O recital encerra o II Festival de Música da Beira Interior, organizado pela Scutvias, em várias localidades dos distritos da Guarda e Castelo Branco.
Trata-se de uma ópera em dois actos para crianças de Eurico Carrapatoso, com libreto de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, encenação de Nuno Carinhas e direcção do maestro Rogério Peixinho. Já os pequenos intérpretes vêm do Conservatório Regional de Música e da Escola Profissional de Artes da Beira Interior, ambos da Covilhã, ao lado de Filipa Lã, Tiago Mota, Pedro Miguel e Manuel Rebelo e Luís Almeida. “A Floresta” conta a história de uma menina que sonha encontrar um anão, no bosque próximo de sua casa. O sonho acontece e muito mais, pois ela vai estar envolvida numa série de peripécias de que fazem parte um monge, um cavaleiro, um professor de música, um sábio e um tesouro escondido há séculos. Este texto poético é muito descritivo e introspectivo, passando a mensagem de que os tesouros só trazem felicidade se forem partilhados. «Escrever para crianças, envolvendo crianças, tem sido uma experiência muito enriquecedora. No fundo é como escrever para adultos. Não faço quaisquer concessões. (…). E um coro infantil pode mesmo tornar-se num insigne instrumento sinfónico pela sua precisão rítmica, pela sua habilidade de articulação, pela sua agilidade melódica, pelo seu viço tímbrico natural. Poucos aerofones são tão incisivos e tão plenos de luminosidade», escreve Eurico Carrapatoso, a propósito de “A Floresta”. A entrada é livre, mediante o levantamento antecipado do bilhete.