Sociedade

Luís Garra sugere ao ministro das Infraestruturas que «aceite o jogo da democracia»

Dsc 7947
Escrito por ointerior

«Miguel Pinto Luz, num momento sem luz, fez essas declarações, ou seja, apagou», afirma Luís Garra, porta-voz da Plataforma P’la Reposição das SCUT na A23 e A25, depois do ministro das Infraestruturas ter declarado novamente que a abolição das portagens nas ex-SCUT é «injusta e mal pensada».
O antigo dirigente sindical aponta o dedo ao governante social-democrata e diz que, «mesmo não concordando, enquanto ministro tem de ter a humildade democrática para aceitar o jogo da democracia». Para Luís Garra, Miguel Pinto Luz deve deixar-se de «birrinhas e respeitar a decisão soberana da Assembleia da República» e que implica a abolição das portagens nas autoestradas do interior a partir de 1 de janeiro de 2025. O porta-voz da Plataforma acredita que a vontade do ministro das Infraestruturas é «deitar o feito abaixo logo que tenha uma oportunidade», mas deixa o aviso: «Não se atreva, não se atreva mesmo!», ameaça.
O sindicalista aproveita para recordar que as lutas contra as portagens nas ex-SCUT existem desde 2011, «quando o PSD introduziu a medida», pelo que Miguel Pinto Luz devia «ter bom senso, calar-se, cumprir a lei e deixar-se de birrinhas porque quem faz birrinhas não tem condições para ser ministro». De resto, Luís Garra lembra que a Plataforma P’la Reposição das SCUT na A23 e A25 «já enfrentou muitos ministros». Em causa estão declarações do ministro durante o debate da proposta orçamental na Assembleia da República, há quinze dias. Na altura, o governante classificou a isenção aprovada como «injusta e mal pensada» e anunciou a intenção de realizar um estudo nacional sobre todas as portagens, sem indicar uma data ou a entidade responsável pelo estudo.
Segundo Miguel Pinto Luz, o fim das portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador, que entrará em vigor em janeiro, «custará ao Estado cerca de 180 milhões de euros anuais em perda de receita», sendo que entre 20 a 25 por cento dos veículos que circulam nessas vias «são estrangeiros». A isenção abrange, entre outras, as vias do interior do país, com ligações à fronteira.

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