Sociedade

«Não temos um projeto novo, são tudo obras que vêm do passado», considera Chaves Monteiro

Chaves
Escrito por ointerior

Carlos Chaves Monteiro (PSD) justificou a abstenção com o argumento de que «fizemos parte da construção deste orçamento, as nossas propostas estão plasmadas no documento». Para o vereador da oposição, «a maioria independente abandonou a postura de arrogância e foi mais dialogante», tendo reunido em duas ocasiões com os sociais-democratas.
Contudo, o eleito não evitou as críticas: «Não temos um projeto novo» no Orçamento de 2025, «são tudo obras que vêm do passado, quando a Câmara era gerida pelo PSD e Sérgio Costa era um dos seus vereadores», considerou, duvidando mesmo que a autarquia tenha capacidade para «as executar todas». Tanto mais estão contemplados projetos que «eram para ser feitos em três anos e agora o presidente da Câmara propõe-se fazer até 30 de julho de 2025 porque depois vêm aí as eleições», declarou. Chaves Monteiro acrescentou outro argumento, o de «desmistificar a vitimização» de Sérgio Costa. «Sr. presidente, mostre lá o que vale! Temos as suas propostas e agora tenha capacidade de as executar», desafiou.
De resto, o social-democrata não acha «exequível» executar investimentos de 40 milhões de euros com 18 milhões de euros aprovados de fundos comunitários e alerta que as despesas com pessoal e a aquisição de bens e serviços «esgotam mais de 53 por cento» do orçamento camarário do próximo ano. «Se tivesse um título, este orçamento era o de “agora é que vai ser” porque começa agora o programa eleitoral e de propaganda do PG. Mas, ok, vamos lá executar as obras velhas, mas ainda assim oportunas porque não se fizeram no tempo certo», concluiu Chaves Monteiro.
Confrontado com a acusação de António Monteirinho, de que o PSD passava a ser «a muleta» dos independentes, o vereador alegou que a abstenção foi «uma atitude responsável de governação», mas também porque «queremos
demonstrar à Guarda aquilo que o presidente da Câmara é capaz de fazer e que não está em condições de governar nos próximos quatro anos»

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