Foi um sábado para esquecer para o Sporting da Covilhã, que sofreu o segundo desaire consecutivo para o campeonato e por números bem pesados. Contra uma equipa que ainda luta pela manutenção, os serranos realizaram uma das piores exibições da época, o que lhes custou o quarto lugar na classificação.
Vítor Cunha acabou por não fazer grandes alterações ao onze que havia perdido em casa frente ao Avanca, com Sufrim a estrear-se como titular e Piguita a entrar para o lugar do lesionado João Real. Mas desde cedo se viu que este não era o dia dos covilhanenses, que acabaram por oferecer o controlo do jogo aos locais. Apesar de ter maior posse de bola, faltavam soluções para o Penalva furar a barreira defensiva contrária, contudo, um erro dos visitantes fez funcionar o marcador. Igor Araújo teve uma falha incrível e ofereceu o golo a Sanussi, que, com tamanha oferta, fez o mais fácil, atirando para o fundo das redes. Só que a reacção do Covilhã não aconteceu e o Penalva continuou a dominar as operações. A equipa da casa fazia o mínimo, frente a uma formação sem chama e que nunca conseguiu acelerar o ritmo de jogo.
Ainda antes do intervalo, os locais fizeram novamente mossa na área covilhanense e ampliaram a vantagem. Cruzamento para a área, onde Tojó, um jogador de baixa estatura, ganhou nas alturas a Piguita e marcou com facilidade. Mas o reinício da partida foi de novo bem aziago para o Covilhã, que sofreu o terceiro golo, com Penetra a ter todo o espaço do mundo para facturar. Foi o descalabro total dos pupilos de Vítor Cunha, que pareciam estar a dormir em campo. Com este terceiro golo, o desafio ficou ainda mais enfadonho, com os minutos a passarem sem situações de perigo nas áreas. Aos 70’, o Covilhã criou a sua única oportunidade de golo do encontro, mas o disparo de Gomes encontrou a oposição de Nuno. Foi sem dúvida uma equipa longe do que pode fazer e que nas duas últimas jornadas mostrou a sua pior face, perdendo frente a formações aflitas na tabela.
Francisco Carvalho
