A Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG) promove, no sábado, o primeiro Seminário Internacional de Prevenção de Fogos Florestais. O encontro decorre no auditório do Nerga – Associação Empresarial da Região da Guarda e conta com um «número recorde de inscrições, pois está já confirmada a presença de mais de 300 pessoas», adianta o presidente da federação, Madeira Grilo.
Trata-se de uma iniciativa que tem suscitado «interesse em todo o país e até além-fronteiras, pois há participantes espanhóis», acrescenta, garantindo que a iniciativa vai ser «muito útil para as populações e para a defesa do país». Constituído por dois painéis, o seminário terá uma vertente «mais científica, virada para a sensibilização», e outra mais operacional, esclarece o major António Almeida, da GNR, e director do Gabinete de Prevenção de Fogos Florestais. O primeiro painel abordará temas como “Consciência do Risco” (Luciano Lourenço, professor na Universidade de Coimbra), “Abordagem Sociológica aos Incêndios” (José Maria Coutinho, sociólogo do ISCTE), nomeadamente em Gouveia, e ainda a “Ciência do Fogo” (Gil Martins, comandante operacional da Autoridade para a Protecção Civil). No painel seguinte será debatido o tema “Prevención Directa – Actuaciones sobre las causas de los Incêndios Florestales”, por Juan Barroso Fernández, director de operações da EURAL (Europa Agroforestal), de Valladolid. Haverá depois intervenções sobre a “Implantação e Manutenção de Gestão de Combustíveis” (Artur Costa, Gabinete Técnico Florestal de Seia) e “Prevenção Operacional – Vigilância e Detecção versus Primeira Intervenção” (major António Almeida). Na conferência de imprensa de apresentação da iniciativa, realizada na passada segunda-feira, também foram analisados os novos diplomas legislativos para o sector do voluntariado, que consistem em duas novas propostas de lei e dois novos decretos-lei. Considerando a antiga legislação «ultrapassada», Madeira Grilo mostrou-se satisfeito com a alteração de alguns aspectos legais, tais como a distribuição «mais equitativa» de incentivos para as associações e os novos apoios infraestruturais.