Sociedade

Doença hemorrágica epizoótica detetada em quatro explorações pecuárias do distrito da Guarda

Vacas
Escrito por Efigénia Marques

O distrito da Guarda tem quatro explorações de gado afetadas – cuja localização não foi divulgada – por casos de doença hemorrágica epizoótica (DHE), de acordo com o último relatório da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), divulgado na passada sexta-feira.
Segundo o documento, Bragança é o distrito com mais casos do país com 122 explorações de gado afetadas, 291 animais contaminados e 17 mortos, desde 17 julho. O primeiro foco de DHE referente a 2024 foi detetado no concelho de Vinhais, naquele distrito, a 17 de julho. Segue-se o distrito de Vila Real, com 83 explorações com casos positivos, 120 bovinos afetados e uma morte. Já o distrito de Braga apresenta 21 explorações afetadas e 26 casos. Viana do Castelo tem 13 explorações afetadas com um total de 13 casos positivos para DHE e uma morte. No resto do país, foram também detetados alguns casos na Guarda (quatro explorações), em Leiria (uma exploração), Aveiro (uma), Faro(uma), Porto (uma), Santarém (uma) e Beja (uma). No total são 249 explorações afetadas em Portugal, com 463 animais contaminados por DHE, vinte dos quais acabaram por morrer.
O relatório de casos de infeção ou morte por DHE é atualizado todas as semanas, por norma no último dia útil. Citada pela agência Lusa, a diretora-geral de Alimentação e Veterinária, Susana Pombo, disse a 6 setembro que a DHE apareceu pela primeira vez em 2023 e, como é transmitida por um vetor [mosquito], está muito associada às altas temperaturas que se fizeram sentir.
«Este ano temos uma situação [epidemiológica] diferente, relativamente ao ano passado, porque a indústria farmacêutica disponibiliza uma vacina autorizada pela DGAV para utilização temporária pelo prazo de um ano», indicou na altura a responsável, apelando também à utilização de desinsetização das instalações pecuárias. Susana Pombo alertou ainda que a DHE só afeta bovinos e cervídeos e não é transmissível a humanos. Os principais sintomas registados nos bovinos são coxeia, falta de apetite e úlceras na boca.

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Efigénia Marques

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