Sociedade

Sapatilha feita com cobertor de papa estará no mercado daqui a um mês

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Escrito por Efigénia Marques

A nova sapatilha feita em cobertor de papa já foi apresentada e, «num mês», vai estar «no mercado» ao dispor de qualquer um. A garantia é da presidente da direção da Associação “O Genuíno Cobertor de Papa”, sediada em Maçaínhas (Guarda).
Céu Reis adianta que a peça foi dada a conhecer ao público na Feira Farta, no passado fim de semana, para que as «pessoas pudessem ter contacto com a sapatilha, que já conheciam das fotografias, e experimentá-la». A associação “O Genuíno Cobertor de Papa” está a ultimar os preparativos da sua produção e a «definir algumas coisas» porque colocar a sapatilha no mercado «envolve burocracia». Até lá, Céu Reis está confiante que «não vai demorar muito» e aponta que os promotores desta criação estão «a fazer tudo para, num prazo de um mês, a sapatilha estar à venda». Segundo a responsável, as pessoas têm mostrado «muito interesse» nesta peça e até houve quem viesse «de Lisboa» para ver e experimentar a sapatilha aquando da apresentação no certame guardense.
Olhando agora para o produto, Céu Reis aponta que todo o esforço «valeu a pena. Todos adoraram as sapatilhas e muitos desejaram ter um exemplar. Para quem descobriu esta peça pela primeira vez foi amor à primeira vista porque olham e gostam, até porque têm características diferentes de todas as sapatilhas que conhecemos». A artesã atribui a esta peça valor «histórico e tradicional», uma vez que fabricar o cobertor de papa é uma arte antiga. Certo é que «as pessoas não andam com o cobertor na rua, mas agora podem andar com as sapatilhas que representam a nossa identidade», adianta a dirigente da associação de Maçaínhas.
Para o futuro há «novos projetos» na calha, sendo que esse é o primeiro passo para vermos o cobertor de papa a passear pelas ruas do nosso país. A ideia de fazer uma sapatilha é antiga. A presidente da direção d’ “O Genuíno Cobertor de Papa” trabalhou durante 28 anos numa das antigas fábricas de cobertor de papa naquela localidade do concelho da Guarda e foi lá que surgiu a ideia de criar umas sapatilhas com este produto endógeno (feito a partir da lã de ovelha Churra Mondegueira).

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Efigénia Marques

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