A central solar fotovoltaica do Cabeço Vermelho, em Penamacor, foi inaugurada na quinta-feira. O projeto tem uma área de implantação de 144 hectares e uma potência instalada de 81,91 MWp, o que permitirá produzir 181,3 GWh de energia, «o suficiente para abastecer mais de 60 mil famílias e evitar a emissão de 42.000 toneladas de CO2», adianta a P2K Renováveis, Lda, a promotora do investimento.
Sediada em Penamacor, esta empresa foi criada pela portuguesa Pentagab, Lda. e a KGAL Gmbh & Co. KG, uma gestora de fundos alemã, com capitais privados, «especificamente para a construção da central solar e respetivas infraestruturas associadas, num investimento global de 80 milhões de euros». A energia produzida vai ser enviada para a subestação elevadora Nave da Mata através de uma linha elétrica aérea a 30 kV, com cerca de 2,7 quilómetros. Já a interligação com a subestação do Ferro, da REN, far-se-á através de uma linha elétrica de 220kV com 23,4 quilómetros, construída pelo promotor e que foi integrada na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP).
Para António Luís Beites, presidente da Câmara de Penamacor, o projeto, «do ponto de vista paisagístico, não choca ninguém e, relativamente à tipologia, são solos fora da área do regadio e que, pela sua composição, não são os melhores para a componente agrícola». Na cerimónia inaugural, o autarca socialista lembrou que há «um compromisso» do país e da Europa para fazer face às alterações climáticas, pelo que «é natural que estes projetos tenham que acontecer», tendo sido reunidas «as condições» para o concretizar neste concelho raiano. «Haverá outros certamente, aqui e nos concelhos vizinhos, porque temos a perfeita noção da mais-valia económica e da atratividade que gera para os nossos territórios, além do potencial para o desenvolvimento económico da região», reconheceu António Luís Beites, dizendo tratar-se de um projeto «importante».
Entretanto, para esta quinta-feira está marcada a inauguração da central solar fotovoltaica de 126,5 MW da empresa espanhola Dos Grados, no Fundão, que representou um investimento de 90 milhões de euros. O empreendimento, que ocupa 192 hectares com mais de 190.000 painéis solares, permitirá gerar energia renovável equivalente ao consumo anual de 61.429 lares. Além disso, evitará anualmente a emissão de 825.372 toneladas de CO2 para a atmosfera, equivalente à emissão produzida por 16.000 veículos de combustão, adiantam os promotores.