Apostar na qualidade, na segurança e na responsabilidade social, com a proximidade aos clientes, é o objectivo da Águas do Zêzere e Côa (AdZC), sublinhou Sérgio Hora Lopes, presidente do Conselho de Administração (CA), na inauguração das novas instalações da empresa multimunicipal, na passada terça-feira.
A sede, situada num edifício próximo da Via de Cintura Externa da Guarda (VICEG), no Bairro da Senhora dos Remédios, está inserida num processo de reestruturação da empresa e numa nova estrutura orgânica. O objectivo principal é trabalhar em função do cliente e, para isso, as instalações dispõem de uma sala, o “gabinete do accionista”, onde os representantes das autarquias poderão «fazer uma reunião ou mesmo redigir um texto, porque esta é a sua casa» apontou Sérgio Hora Lopes. A reestruturação da AdZC prende-se com «a necessidade de encontrar uma solução para melhorar a qualidade de trabalho, por isso a mudança de instalações», refere o presidente do CA, indicando que o investimento é da ordem do 1,5 milhões de euros. Em termos de desempenho da empresa, Sérgio Hora Lopes garante que as autarquias têm feito «um esforço para baixar a dívida» e que em 2006 houve uma facturação de 10 milhões de euros e uma dívida de cerca de oito milhões. «Um resultado interessante», garante.
No entanto, um dos problemas com que se depara a AdZC desde a sua instalação na Guarda é a existência de pessoas, sobretudo nas aldeias, que não estão ligadas ao sistema. O responsável diz que «há sem dúvida um problema de educação», mas também garante que estão a trabalhar para que exista uma maior adesão por parte da população. Durante a cerimónia, Sérgio Lopes referiu que a empresa está agora «em todo o lado», anunciando a criação de seis Núcleos Operacionais Territoriais (NOT) – Nordeste, Centro-Este, Centro-Oeste, Oeste e Sul – para servir melhor os seus clientes. «Esta é uma das empresas mais importantes da região, porque contribui para o seu desenvolvimento e para a qualidade de vida dos seus habitantes», considerou. Como desafios para o ano em curso, o presidente destaca a concretização da “Resiestrela”, vocacionada para gerir as infraestruturas e o sistema multimunicipal de resíduos sólidos urbanos, cujo estudo de viabilidade económico-financeira está em curso. Outro projecto que está a avançar tem a ver com a verticalidade do sistema no abastecimento de água, isto é, ser a AdZC a distribuir directamente aos consumidores. Esta mudança insere-se no PEASAR 2 (Plano Estratégico de Abastecimento e Saneamento de Águas Residuais), no âmbito do qual está pensado o Plano Director das Baixas e que Sérgio Hora Lopes afirma que estará concluído «até ao final do ano, mas no Verão já devem começar os trabalhos de campo nessa área».
Entretanto, “O Interior” sabe que os SMAS da Câmara da Guarda deverão ser transferidos para as antigas instalações do Gabinete de Apoio Técnico (GAT), no centro histórico.