Os covilhanenses estão a atravessar a melhor fase da época e, no último domingo, venceram de forma clara o Lusitânia na ilha Terceira (Açores). É o terceiro triunfo consecutivo do Sporting da Covilhã, que volta a sonhar com o primeiro lugar, tanto mais que o Fátima perdeu novamente, mas continua, mesmo assim, a uma distância considerável.
O encontro, frente a um adversário em queda na tabela, mostrou uma formação serrana muito tranquila e com grande personalidade. Os comandados de Vítor Cunha dominaram sempre a partida e acabaram por conseguir um resultado bem robusto, vingando o desaire da primeira volta. Desta vez a estratégia de João Salcedas falhou por completo, perante um Covilhã bem organizado e que nunca deu hipóteses ao ataque açoriano. O golo chegou ainda antes da meia-hora. João Cardoso fugiu pela esquerda e, perante uma saída lenta do guardião insular, marcou o primeiro da tarde. Era a melhor fase da partida e o segundo golo não demorou muito a surgir. Num contra-ataque serrano, Bruno Nogueira fez o que quis e atirou para o fundo das redes, perante uma defesa muito apática. A partida estava praticamente resolvida, apesar das alterações de João Salcedas, mas os locais pareciam já resignados, pois a sua única oportunidade de golo pertenceu a Júlio César, pouco antes do intervalo, cujo disparo saiu por cima da baliza.
A segunda parte acabou por ser um autêntico passeio para o Covilhã, que controlou sempre as operações, numa tarde em que Igor Araújo foi mero espectador. O domínio foi total por parte dos “leões da serra”, que nunca deram esperanças ao adversário de alcançar um resultado positivo. Aos 66 , a tarefa dos visitantes ficou ainda mais facilitada com a expulsão de Veredas. Já perto do final, os covilhanenses ampliaram a contagem numa grande penalidade transformada por João Cardoso, em tarde inspirada. No final, Vítor Cunha, técnico do Covilhã, referiu que a partida foi «controlada do princípio ao fim» e que o campeonato «ainda está aberto e que tudo é possível».
Francisco Carvalho