Todos os anos, em Janeiro, a Segurança Social (Centro Nacional de Pensões – Lisboa) envia aos respectivos pensionistas a declaração da quantia que lhes pagou para ser mostrada nas Finanças com as declarações de IRS. Sucede que, no meu caso, e de outros que tive conhecimento, nada recebemos e estava-se a chegar ao final de Fevereiro. Telefonei para os serviços em Lisboa e responderam-me que me enviariam uma segunda via e que desconheciam o que se estava a passar.
Oito dias depois recebi as tão desejadas declarações. Mas neste intervalo de tempo, e na incerteza de virem ou não, fui ao Centro Regional de Segurança Social da Guarda porque soube que estavam a resolver o problema. Vi muita gente, como é habitual nos portugueses, mas todos calmos. Os painéis electrónicos indicadores mudavam a bom ritmo. Então resolvi ficar e tirei a minha senha de atendimento, após ter sido previamente bem informado pelo funcionário, digamos, de triagem. Chegada a minha vez de ser atendido, preparei-me para ouvir e sentir o eventual mau humor da senhora que estava a atender, até pelo possível cansaço. Engano meu! Retribuiu-me o bom dia com um franco e simpático sorriso, sublinhando que era um incómodo para os idosos pensionistas andarem à procura destes documentos (…).
Enquanto trocámos este cordial diálogo, foi dedilhando o computador e em duas “palhetadas” entregou-me as declarações e até agrafadas. (…). No dia seguinte fui às Finanças e, como habitualmente, havia muita gente. Logo por azar, o painel electrónico da ordem de atendimento indicava que havia 10 pessoas antes de mim. Mas, com calma e a ajuda dos contribuintes, o jovem funcionário que recebia o IRS foi resolvendo este falhanço técnico da melhor maneira. Talvez nem todo os contribuintes possam dizer o que acabo de descrever, mas não haja dúvida que é conveniente saber esperar e ter paciência.
António do Nascimento, Guarda