A privatização da Águas da Covilhã (AdC) continua a gerar polémica no seio dos covilhanenses. Neste momento, o Movimento Cívico já conseguiu seis mil assinaturas contra a privatização da empresa municipal, um abaixo-assinado que será entregue brevemente na autarquia.
O Movimento defende que a água é «um bem essencial e que pertence a toda a população da Covilhã». Passados seis meses sobre o anúncio da intenção de venda de 49 por cento da empresa municipal, os signatários consideram existir agora uma «cultura de silêncio» por parte da Câmara sobre este assunto, enquanto defendem que «todos têm direito a discutir o futuro da AdC». Consideram ainda «simbólicas» as «promessas e garantias» dadas pelo município em defesa do interesse público, porque, segundo os cidadãos, têm-se verificado aumentos de capital, alteração de taxas e tarifas, distribuição de lucros e políticas de investimentos. «A obrigação da Câmara é promover a gestão da água de uma forma sustentável, de acordo com a população que representa», alega o Movimento Cívico, que apela à autarquia para que finalize um processo que consideram ser prejudicial «ao interesse público, aos recursos municipais, aos direitos dos trabalhadores e aos cidadãos».
