Arquivo

Hospital com programa funcional até 15 de Abril

Conclusões da comissão serão decisivas para definição dos espaços de construção e dos novos edifícios

Um grupo de trabalho, nomeado pelo ministro da Saúde, tem até 15 de Abril para definir o programa funcional do novo Hospital da Guarda, cuja requalificação estava orçada inicialmente em cerca de 40 milhões de euros. A novidade foi revelada no final de uma reunião entre o executivo camarário e a administração do Sousa Martins, na passada quarta-feira.

Formada por cinco especialistas da área da saúde, a comissão está encarregue de esboçar toda a actividade da futura unidade, tendo em conta as especialidades de referência definidas, as actuais e novas valências a criar na Guarda no âmbito do Centro Hospitalar da Beira Interior (CHBI), em fase de constituição com os hospitais da Covilhã e Castelo Branco. «É importante que, no ano em que o Sousa Martins comemora 100 anos, se comece a fazer aquilo que é determinante para que o novo hospital seja uma realidade», disse Joaquim Valente, avisando que a Câmara «não vai abdicar de saber o que se faz e quando nesta matéria». Conhecido o programa funcional, caberá aos técnicos traçar os espaços de construção e projectar os novos edifícios. Um estudo preliminar, divulgado em 2005, estabelecia 27 mil metros quadrados de área coberta, entre edifícios novos e remodelados. «Era importante que o projecto estivesse aprovado no final do ano e pronto para execução», sublinhou o presidente do município, para quem o programa funcional vai ser elaborado em função do que são «os anseios da cidade e do distrito».

Menos optimista está Ana Manso. A vereadora do PSD afirmou que as preocupações quanto à concretização desta obra mantêm-se: «O Hospital Sousa Martins é o elo mais fraco no CHBI quer em termos de instalações, como também na distribuição das valências. Parece-nos que ainda há muita coisa no condicional», criticou. Quanto à reunião de Câmara, o executivo aprovou os estatutos do consórcio Salamanca-Guarda. Trata-se de uma associação municipal para incentivar a colaboração e o desenvolvimento de projectos comuns entre as duas cidades nos domínios culturais, educativos e económicos. «Há que fomentar estes acordos quando os parceiros e os projectos são bons», disse o autarca, citando a logística e a cooperação económica como exemplos de actuação conjunta. «Com este consórcio, a Guarda quer apanhar o “comboio” do dinamismo de Salamanca, mas também desenvolver um caminho para a Europa», sublinhou. O executivo decidiu ainda repensar a requalificação da zona da feira para que a intervenção possa gerar mais receitas que as esperadas inicialmente. «Vamos dimensionar o projecto no que diz respeito à implantação dos edifícios para que se faça de uma forma mais autónoma», adiantou, acrescentando não se tratar de aumentar a densidade habitacional prevista para aquela área. A Câmara avança que a construção será a custos controlados, mas não exclui outro tipo de projectos.

Luis Martins

Sobre o autor

Leave a Reply