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PME’s têm cada vez mais peso na região

Segundo um estudo do IAPMEI, existem 3.227 PME’s e apenas duas grandes empresas no distrito da Guarda

As Pequenas e Médias Empresas (PME) do distrito começam a ter cada vez mais peso no tecido empresarial da região, deixando para trás as grandes empresas. Um estudo do IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas sobre os últimos dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revela um aumento do peso das PME’s na estrutura empresarial regional e nacional, entre 2000 e 2004.

Com esta análise ao tecido empresarial português, o IAPMEI conclui que as PME’s tornaram-se no «motor de crescimento da economia, quer em termos de número de unidades empresariais, quer enquanto empregadoras e geradoras de volume de negócio». Segundo este estudo, até 2004 existiam no distrito 3.227 unidades do género e apenas duas grandes empresas, que empregavam 20.754 e 532 pessoas, respectivamente. Quanto ao volume de negócios, as PME’s geraram mais de 1,4 mil milhões de euros, enquanto as grandes empresa foram responsáveis por apenas 33 milhões. Esta análise teve também em conta o peso que cada distrito tem na estrutura empresarial nacional. Assim, na região da Guarda o estudo revela que as PME’s têm um peso de um por cento e as grandes empresas 0,1 por cento em relação ao emprego. Já o volume de negócios do distrito tem um peso bastante baixo na estrutura empresarial nacional, no total representa apenas 0,5 por cento, sendo que as PME’s têm uma percentagem de 0,9 por cento enquanto as grandes empresas não têm qualquer valor representativo.

A nível distrital, segundo o estudo do IAPMEI, as pequenas e médias empresas da Guarda representam cerca de 99,9 por cento da estrutura empresarial, enquanto as grandes empresas têm um peso de 0,1 por cento. Já a taxa de empregabilidade é de 97,5 por cento nas PME’s e somente de 2,5 nas grandes empresas. As PME’s voltam a dominar no volume de negócios, pois são responsáveis por 97,7 por cento no distrito, contra os 2,3 por cento das grandes empresas. Durante o período de análise, o número de unidades empresariais aumentou significativamente, com os sectores empresariais mais pequenos a tomarem conta da dinâmica empresarial nacional, tendo o número de microempresas aumentado, em média, nove por cento ao ano e o número de pequenas empresas 7,3 por cento. Em 2001 registou-se o aumento mais significativo, 16,2 por cento, enquanto que 2003 foi o ano em que esse crescimento ocorreu de forma mais moderada, cerca de 4 por cento.

Tânia Santos

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