Região

UBI monitoriza casas do Fundão e Pinhel para melhorar qualidade de vida

Pinhel
Escrito por Efigénia Marques

Uma equipa multidisciplinar da Universidade da Beira Interior (UBI) vai instalar dispositivos em casas nos concelhos do Fundão e de Pinhel para recolher informações que contribuam para a melhorai da qualidade de vida dos residentes e prevenir doenças.
As 50 casas-piloto em cada município vão ter aparelhos para monitorizar substâncias nocivas no interior e desenvolver soluções que permitam, por exemplo, aos municípios, tomarem decisões. O projeto “Rural Things” prevê que residências em locais isolados estejam equipadas com um sistema tecnológico integrado, que inclui sensores de dióxido de carbono, de temperatura, humidade e de medição do gás radão, para recolher dados sobre as condições de habitabilidade. O coordenador da investigação, Bruno Silva, adianta que a intenção é ter elementos que permitam tomar medidas em tempo útil, com base em dados concretos, que possam contribuir para a prevenção de doenças, como gripes, cancro do pulmão ou outras patologias, como as associadas à concentração de gás radão.
O professor e investigador na UBI lembra que a região está «na zona vermelha do gás radão, com uma população muito pouco informada sobre este problema». Segundo Bruno Silva, o despovoamento do interior e a existência de casas rurais e remotas, muitas vezes de difícil acesso e onde não é fácil recolher informação, foi outro dos motivos para se avançar com a investigação.
O estudo, que inclui professores do departamento de Engenharia Informática, de Engenharia Civil, Arquitetura e Física, vai decorrer até 2025. O Fundão foi escolhido por ser «um meio rural urbano, com uma forte predominância tecnológica no concelho», enquanto Pinhel é «muito rural, com pouco urbano e mais envelhecido», justifica o coordenador do projeto.

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Efigénia Marques

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