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Fernando Andrade exibe apoios

Autarca de Aguiar da Beira apresentou as suas listas e avisou que uma militância «desavinda enfraquece o PSD»

Fernando Andrade, que disputa com Álvaro Amaro a presidência da Distrital do PSD da Guarda, quer ver mais vezes por cá os deputados eleitos pelo distrito à Assembleia da República. O candidato garante que Ana Manso e Miguel Frasquilho «não são conhecidos» na maioria dos concelhos. «Não posso aceitar isso, pelo que tenciono promover visitas periódicas dos parlamentares a todos os municípios. Quero os nossos deputados mais próximos de quem os elegeu», exigiu o autarca de Aguiar da Beira.

Durante a apresentação da sua candidatura, na passada quinta-feira, na Guarda, Fernando Andrade não escondeu os seus trunfos e apoios. Ao contrário do seu adversário, jogou-os de uma assentada ao divulgar a totalidade dos elementos que compõem as suas listas, onde a concelhia da Guarda parece ter conquistado muito protagonismo. Os seus vices são Manuel Rodrigues, actual líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal da capital do distrito, e Gustavo Duarte, vereador na Câmara de Vila Nova de Foz Côa, enquanto o histórico e influente João Mourato, edil da Mêda, concorre ao Conselho de Jurisdição, surgindo em segundo lugar João Bandurra, vereador na autarquia guardense. Para a Assembleia Distrital, o candidato avança com Tenreiro Patrocínio, vereador em Seia, e Rui Proença, antigo Governador Civil. Nas listas vão também Couto Paula, José Luís Abrantes (Seia), Carlos Gonçalves, José Vital Saraiva (Pinhel) ou José Robalo (Sabugal). Sob o lema “Unir e Renovar, o candidato promete abrir o partido à sociedade civil e congregar os militantes, pois «uma militância desavinda enfraquece o PSD na Guarda», avisou, aludindo ao ambiente de “guerrilha” que marcou o último mandato de Ana Manso, líder há seis anos, sucedendo a Álvaro Amaro.

Um pormenor que realçou ao anunciar que a sua candidatura é a que está «em melhores condições para promover a renovação» de uma distrital marcada por «fracturas desde 1996», início do segundo mandato do seu adversário de agora. O candidato propõe-se ainda criar um jornal distrital do PSD e lançar um sítio da Internet para fazer chegar mais rapidamente a mensagem aos militantes. Quanto à Câmara da Guarda, Fernando Andrade admitiu todos os cenários: «A capital do distrito precisa de ser ganha por alguém, militante ou não, que defenda os superiores interesses dos guardenses», sublinhou. Por outro lado, garantiu um apoio condicionado a Marques Mendes, «enquanto estiver à frente do partido». Um pormenor que deixa antever descontentamento. Quem não calou a contestação foi o presidente cessante da JSD. Polémico, Fernando Lopes lembrou que se Álvaro Amaro ganhar, vai «transportar para a Guarda o “vírus” da “mendinite aguda” de que o PSD padece». Por isso, considera que é altura de «trocar a repetição pela renovação», já que, na sua opinião, só a candidatura de Fernando Andrade é a garantia de «uma voz no distrito para defender os militantes».

Luis Martins

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