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WOOL+ inaugura painel de azulejos comunitário

Foto Do Wool
Escrito por Efigénia Marques

Atividade faz parte da terceira fase do projeto do festival de arte urbana da Covilhã, que também incluiu duas oficinas criativas

O projeto “WOOL + Arte Urbana mais acessível” vai inaugurar no sábado (15h30) um painel de azulejos que resulta de uma residência artística entre utentes com deficiências mentais e alunos da Covilhã. Todos os participantes vão reunir-se na Rua Rui Faleiro antecipando um fim de semana com várias atividades.
O painel de azulejos irá integrar o “Roteiro Wool” e foi orientado pelo artista visual e ilustrador Mantraste, tendo os murais sido realizados por utentes da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do cidadão Deficiente Mental) da Covilhã e de um grupo de alunos voluntários de Artes da Secundária Campos Melo. A cofundadora do WOOL, Lara Seixo Rodrigues, adianta que «aquilo a que nos propusemos foi não só a criar uma experiência de criação com pessoas com deficiência, mas também alargar para outros âmbitos», tendo sido também desenvolvido «um conjunto de recursos de acessibilidade que permite que pessoas com algum tipo de deficiência possam aceder e saber mais sobre os murais que temos na cidade». Após a inauguração do painel haverá uma visita guiada ao “Roteiro Wool” com uma intérprete de língua gestual e outras iniciativas, como uma conversa na Banda da Covilhã (18h30) sobre “Como garantir a participação cultural de pessoas com deficiência e surdas?”. À noite, o Teatro Municipal da Covilhã recebe o espetáculo “O Tamanho das Coisas”, que terá legendas, audiodescrição e interpretação em língua gestual.
No domingo, às 15h30, haverá também visitas ao roteiro de arte urbana da Covilhã com audiodescrições e em “tuk tuk” para pessoas com mobilidade condicionada. Todas as atividades programadas têm a particularidade de estarem adaptadas a pessoas com deficiências, seja com o uso de audiodescrições ou traduções em língua gestual. Lara Seixo Rodrigues considera que a inclusão destes recursos foi um processo «muito duro, porque há especificidades que parece que não têm fim, pois pessoas com deficiências têm necessidades muito diferentes e nós tentámos responder ao máximo, mas mesmo assim tenho quase a certeza que deixámos alguma coisa de fora». A cofundadora do Wool acrescenta que o objetivo deste projeto não é só ser percetível a pessoas com deficiências, mas também que «a sociedade em geral perceba que estas pessoas necessitam de este tipo de recursos» para poderem usufruir de atividades como ver uma peça de teatro ou assistir a um concerto.
O projecto “WOOL + Arte Urbana mais acessível” surgiu como resposta ao desejo da organização do “WOOL Covilhã Arte Urbana”, alargar a experiência da arte urbana e do Roteiro WOOL a pessoas com deficiência, surdas ou com outras necessidades específicas.

Sobre o autor

Efigénia Marques

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