Luís Montenegro já comentou o caso que envolve o autarca de Pinhel. O líder do PSD diz que vão ser aplicados os critérios aprovados nos órgãos próprios do partido quanto à escolha dos candidatos às eleições legislativas de 10 de Março. Ou seja, o presidente dos social-democratas sublinha que os critérios «estão escritos, estão assumidos, e vão ser cumpridos».
Ao ser questionado pela Agência LUSA sobre a indicação, pela distrital da Guarda aos órgãos nacionais do partido, do presidente da Câmara de Pinhel, acusado de crimes de peculato, como cabeça de lista por este círculo eleitoral, e se pode garantir que nas listas do partido não haverá candidatos suspeitos ou arguidos, Luís Montenegro respondeu que o PSD aprovou «um conjunto de critérios para a seleção e recrutamento dos candidatos à Assembleia da República».
Assim, nos critérios aprovados existe um capítulo dedicado à “exigência ética”, segundo o qual não pode ser candidato a deputado quem tenha sido «condenado em primeira instância, pronunciado, ou a quem tenham sido aplicadas medidas de coação privativas da liberdade por existência de indícios fortes da prática de crime contra o Estado, incluindo crimes contra a realização do Estado de direito ou crimes cometidos no exercício de funções públicas».
Recorde-se que o Jornal de Notícias revelou, esta semana, que o presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, está acusado pelo Ministério Público da Guarda de 31 crimes de peculato, estando em causa a utilização do cartão de crédito e do carro da autarquia para uso pessoal.
À Rádio Altitude, Rui Ventura disse estar tranquilo e refutou as acusações de peculato divulgadas na notícia de terça-feira, que o autarca relaciona com as atuais circunstâncias políticas.