O Festival de Teatro da Covilhã está em cena este mês. 23 espectáculos representados por 13 companhias nacionais, seis das quais participam pela primeira vez, vão passar pelo palco do Teatro das Beiras, de 12 a 25 de Novembro. O programa volta a seguir a linha de anos anteriores ao apresentar peças para o público em geral e outras exclusivamente para os mais pequenos. A música e uma exposição de pintura, da autoria de Virgílio Vaz, complementam esta 26ª edição do certame.
Este ano, a programação assenta na «diversidade de espectáculos e de companhias», destaca Fernando Sena, director do Teatro das Beiras, ao explicar que as opções recaíram sobre novas produções, mas sem esquecer as limitações orçamentais e espaciais da companhia. Teatro Extremo, Circolando, “Lua Cheia Teatro para Todos”, “Marionetas, Actores e Objectos”, Teatro do Noroeste, Teatro dos Aloés e Urze-Teatro são os grupos que se estreiam no Festival de Teatro da Covilhã. Aliás, esta última estreia em dose dupla visto que a peça “No Reino dos Brinquedos”, dedicada aos mais novos, irá ser representada pela primeira vez no certame. O pano abre-se dia 12 com Filipe Crawford e a peça “A História do Tigre”. Seguem-se o Teatro das Beiras, com “Perdida nos Apalaches” (16), Peripécia Teatro, com a peça “Sou do Tamanho do que Vejo” (17) e a Companhia de Teatro de Almada com “Esta noite, Arsénico” (18). “Amanhã” pelo “O Bando” (a 22), o Teatro do Noroeste com “Piolhos e Actores” (24) e o Teatro dos Aloés com “Os Guardas do Museu de Bagdad” são as outras propostas para o público em geral.
Para os mais novos, estão programadas “A galinha da minha vizinha”, pelo Circolando (13); “Maçãs Vermelhas”, do Teatro Extremo (14); “De Filo a Pavio”, da Jangada Teatro (15); o Urze-Teatro (20); Lua Cheia para Todos (21) e, por fim, “O Dia em que a Cinderela conheceu o Pinóquio”, no dia 23, pelo grupo “Marionetas, Actores e Objectos”. Estes espectáculos serão apresentados em duas sessões, às 11 e 14h30. «Será a primeira vez neste certame que o público mais jovem vai assistir a uma peça apenas de marionetas», esclarece Fernande Sena, acreditando que será um espectáculo «engraçado» para as crianças. A música volta também a assumir um espaço privilegiado no evento e promete animar as noites de sexta-feira e sábado no café-teatro, após os espectáculos. A 17 e 18, respectivamente, actuam os “ComCordas” e o “Arcada Café Orchestra”, banda a que pertence o encenador Gil Salgueiro Nave. No fim-de-semana seguinte, o palco será ocupado pelos “Anónima Nuvolari”, com o espectáculo “Sapghetti, Unza, Unza”, e os “ÓQueStrada”. Com um orçamento a rondar os 45 mil euros, a organização espera apenas que «o público venha ao teatro», apela Fernando Sena, esperando apenas atingir o mesmo número de espectadores do ano passado, cerca de duas mil pessoas. Os espectáculos acontecem todos na sala do Teatro das Beiras e os bilhetes custam entre 5 e 2,5 euros (estudantes, sócios e jovens).
Liliana Correia