Cerca de ano e meio após ter assumido o comando do Grupo Territorial da GNR da Guarda, o tenente-coronel Óscar Rocha vai regressar a Lisboa para assumir funções de assessor de António Costa, ministro da Administração Interna. O substituto do comandante, que vai deixar o distrito no domingo, ainda não é conhecido, pelo que o comando da GNR deve ficar interinamente a cargo do major António Almeida.
Apesar de reconhecer que «não contava» com esta transferência, até porque ainda não passaram dois anos desde que foi colocado na Guarda, Óscar Rocha considera «normal» esta mudança de funções: «Esta vida é feita de saltos e sobressaltos. As nomeações nunca assumem um carácter definitivo», afirma. Confessando que se sente «honrado» com a “chamada” de António Costa, o tenente-coronel prefere, no entanto, não falar em promoção, mas antes numa «mudança de funções». Sobre o período em que chefiou a GNR da Guarda, faz um balanço «bastante positivo», frisando que os objectivos a que se propôs foram «atingidos», nomeadamente o facto do distrito da Guarda ter registado um «decréscimo da taxa de criminalidade» em 2005, a tal ponto que foi mesmo considerado o «distrito mais seguro do país». O mesmo sucedeu a nível da sinistralidade rodoviária, que também diminuiu, tanto em 2005 como no período entre Janeiro e Setembro deste ano.
Contudo, nem tudo correu conforme o esperado, já que o novo quartel da GNR da capital do distrito fica por construir. Porém, Óscar Rocha realça que a obra «continua a ser uma aspiração», considerando que o processo está «bem encaminhado» e que, dentro de pouco tempo, poderá ser encontrada uma «solução definitiva». De resto, na sua recente passagem pela cidade, em que visitou as actuais instalações da GNR da Guarda, o sub-secretário de Estado da Administração Interna, Fernando Andrade, terá deixado indicações de que o novo quartel seria «uma das prioridades do MAI para o ano de 2007», indica. Antes de chegar à Guarda, em Março de 2005, para substituir Jorge Gaiolas no comando distrital da GNR, Óscar Rocha, natural de Fornos de Algodres, tinha exercido funções de chefia nos destacamentos da Guarda e Gouveia entre 1988 e 1990, tendo sido depois transferido para Aveiro.
Ricardo Cordeiro
