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Mais caloiros na Beira Interior

UBI tem 80 por cento de vagas ocupadas, seguindo-se o IPG (79 por cento) e o IPCB (78 por cento)

Foram conhecidos, no último fim-de-semana, os resultados da segunda fase de acesso ao ensino superior e, à semelhança de anos anteriores, as três instituições da Beira Interior continuam com vagas por ocupar. No entanto, o balanço é mais positivo: todas receberam mais alunos que no ano lectivo transacto e também melhoraram as taxas de ocupação. Nesta fase entraram na UBI 305 novos alunos, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG) 271 e no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) 253.

No entanto, todos se mantêm nos últimos lugares da tabela divulgada pela Direcção-Geral do Ensino Superior no que respeita à taxa de ocupação de vagas. A UBI tem 80 por cento de vagas ocupadas, seguindo-se o IPG (79 por cento) e o IPCB (78 por cento). As três instituições estão juntas entre o 22º lugar (UBI) e o 24º (IPCB). Mas, comparando com os resultados do ano passado, a UBI, com mais 111 alunos, é a décima instituição, entre as 32, em termos de crescimento neste ano lectivo. O IPG aparece em 13º lugar e o IPCB em 22º. Em todo o país, a taxa de ocupação das vagas cresceu em relação a 2005 e passou de 80 para 85 por cento. Assim como aumentou o número de estudantes colocados, com destaque para o ensino politécnico, onde foram admitidos mais dois mil alunos.

UBI com 80 por cento de ocupação

A Universidade da Beira Interior (UBI) conseguiu captar, nesta segunda fase ao ensino superior, 305 novos alunos. Feitas as contas das duas fases, ao todo são 1158 os estudantes que escolheram a UBI. E ainda sobram 266 vagas.

Das 27 licenciaturas com lugares atribuídos, 16 ficaram completamente preenchidas: Medicina, Arquitectura, Ciências do Desporto, Psicologia, Sociologia, Ciências Biomédicas, Bioquímica, Ciências da Comunicação, Cinema, Design de Moda, Design Industrial, Design Multimédia, Economia, Gestão, Marketing e Ciências Farmacêuticas. Menos sorte tiveram as Engenharias e as Línguas, Literaturas e Culturas. É o caso da Engenharia Electrotécnica e Matemática, que ficaram desertas nesta 2ª fase. O mesmo acontece com Engenharia Electromecânica onde só entraram 2 alunos em 38 vagas, ou, Engenharia Civil, que só preencheu sete, das 66 vagas disponíveis. Bem como, Informática onde só entraram 3 alunos das 21.

Como acontece por todo o país, os cursos da área da saúde foram os que registaram as médias de entrada mais elevadas. Sendo que a única vaga disponível para Medicina foi ocupada por um aluno com uma média de 187,6 valores. Em segundo lugar está Ciências Farmacêuticas, o novo curso da UBI e o único adaptado a Bolonha com o mestrado incluído, com uma média de 169,03 valores, seguido de Ciências Biomédicas com 160,02. Vêm depois Arquitectura com 150,5 e Psicologia com 146,5. Por preencher todas as vagas ficaram os cursos de Línguas, Literaturas e Culturas (3 para 37 vagas), Filosofia (8 para 25), Engenharia Aeronáutica (9 para 25), Engenharia Informática (17 para 54).

IPG com mais alunos

Educação de Infância, Desporto, Comunicação e Relações Públicas, Design de Equipamento, Gestão, Gestão de Recursos Humanos e Gestão Hoteleira foram os únicos cursos do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) que preencheram a totalidade das vagas na segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Ainda assim, a instituição, com os mesmos cursos e as mesma vagas de 2005, conseguiu atrair mais 271 novos alunos em 439 vagas, que se juntam aos 492 que entraram na primeira fase. Ao todo entram este ano 763 caloiros no IPG. Sobrando ainda 168 vagas.

Os cursos que tiveram maior procura foram os da Escola Superior de Saúde, que preencheu na totalidade as poucas vagas disponibilizadas. No curso de Enfermagem ainda entraram 4 alunos e mais 6 com entrada só no segundo semestre, continua a ser um êxito, sendo que também Farmácia preencheu as quatro vagas disponíveis. Estes foram também os cursos que tiveram a média mais alta de entrada no IPG: 154,8 valores em Enfermagem e 148,6 (segundo semestre), e Farmácia 145,8 valores. A escola mais procurada foi a Superior de Educação (ESE), com uma taxa de ocupação de 89 por cento, com destaque para Educação de Infância, Desporto, Comunicação e Relações Públicas onde não sobraram vagas. Sendo que o curso com menos alunos colocados foi Comunicação e Relações Económicas, já que ficaram 14 vagas por preencher num total de 23 disponíveis. Com estes resultados, a ESE voltou a ficar à frente das suas congéneres de Viseu (85,1), Lamego (51) e Bragança (75,7), com a excepção de Castelo Branco (91,4). Quanto às Escolas de Tecnologia e Gestão (ESTG) e de Turismo e Telecomunicações (ESTT), em Seia, o cenário não é dos piores. Assim, nesta última, que teve uma taxa de ocupação de 72 por cento, Gestão Hoteleira foi o curso mais procurado e o único a preencher as 30 vagas disponíveis, enquanto Turismo e Lazer preencheu 39 das 59, e por último, Informática para o Turismo preencheu apenas seis das vinte vagas, entrando o último aluno com 101,2 valores. Já, a ESTG conseguiu uma taxa de ocupação de 68 por cento, onde se distingue Design de Equipamento e Gestão de Recursos Humanos com todas as vagas ocupadas, 25 e 50, respectivamente. Os cursos menos procurados, nesta segunda fase, foram Engenharia Informática (sobraram 28 vagas), Contabilidade (25) e Marketing (18). Junto das suas congéneres a Escola de Tecnologia e Gestão da Guarda ocupa o terceiro lugar na taxa de ocupação, à sua frente só está Idanha (76 por cento) e Viseu (69,7), mais abaixo vem Castelo Branco (54,3), Mirandela (59) e Bragança (24).

Castelo Branco com 218 vagas para 3ª fase

Após as colocações da 2ª fase, o Instituto Politécnico de Castelo Branco tem 79 por cento das vagas ocupadas. Das 974 vagas inicialmente colocadas a Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior foram já colocados 767 alunos, a que acrescem mais 286 colocados através dos Concursos Especiais, Mudanças de Curso e Transferências, o que perfaz um total de 1053 alunos. Com estes resultados (1ª e 2ª fase e Concursos Especiais, Mudanças de Curso e Transferências) o IPCB vê aumentado o seu número total de alunos para este ano lectivo. Para a 3ª fase, o IPCB tem 218 vagas disponíveis, as quais deverão ser ocupadas já que ainda há muitos candidatos dos Concursos Especiais (maiores de 23) que aguardam colocação. Engenharia Biológica e Alimentar, Enfermagem Veterinária, Educação de Infância, Serviço Social, Informática para Saúde, Tecnologias dos Equipamentos de Saúde, Gestão de Recursos Humanos, Design de Moda e Têxtil, Design de Interiores e Equipamento, Artes de Imagem e Solicitadoria preencheram todas as suas vagas. Tal como na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, os cursos de Análises Clínicas e de Saúde Pública, Cardiopneumologia, Enfermagem, Fisioterapia e Radiologia ficaram totalmente preenchidos.

Também o Instituto Superior Politécnico de Viseu está de parabéns. Após a 2ª Fase, 1 022 das 1 385 vagas iniciais foram ocupadas, destacando-se o elevado número de entradas através das vagas dos Concursos Especiais. Contas feitas, de acordo com os dados das Escolas Superiores do Instituto (e faltando ainda realizar a 3ª Fase do Concurso Nacional), o número de novos alunos poderá vir a ser memorável, uma vez que o número de novos alunos inicialmente previsto (1 385) poderá ser preenchido na totalidade ou mesmo suplantado.

Patrícia Correia

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