Rever bem

Há uma clara alteração do FB/Meta que torna os textos com mais de cem caracteres invisíveis. Entre as milhões de páginas só sobressai se investir. No conteúdo cada dia mais incompleto das pessoas moldadas é difícil impor os textos. Há amigos que insistem nesta luta com seus blogs e páginas, mas o aterro das futilidades onde se move a Internet está cada dia mais carregado. Nudez, graçolas, voyeurismo, sacanagem, afogam o pensamento simples e o crítico. O tempo dos homolarapiens é também o tempo do homoincompletos. A opinião baseia-se numa emoção, com uso de interjeições, epítetos, gritarias, afirmando a sua certeza não importa a quem. O cretino que se dirigia ao Presidente da República, quase tu cá tu lá, deixa-me indignado. O homem das representações simbólicas cora e abespinha-se. Todos carregam certezas que contraditam com suas práticas. Todos afirmam verdades que podem não ter fundamento real. Os números não importam a quem fala. Também há os martelos da estatística que viciam a janela daquilo que vemos. O FB tem umas aplicações que esculpem a sequência e motores que projetam e apagam informação. É uma nova rede social – a construída para o negócio e impeditiva da liberdade. A ideologia sem fundações é como o jornalismo moldado para agradar ao poder. Hoje, em Espanha, o maior dos canalhas prepara-se para derrubar tudo o que disse antes sobre os independentistas, para lhes dar a mão sem a qual cairia do poder. Os discursos adaptam-se à consistência da necessidade – ser poder a todo o custo! Caminhamos para a guerra porque este tipo de gente abre as caixas do ódio e da vingança.