As Termas de Longroiva, no concelho da Mêda, reabriram ao público esta segunda-feira após terem estado três anos fechadas. A retoma da atividade aquista só foi possível graças à contratação, em regime de prestação de serviços, de uma empresa do grupo das Termas de São Pedro do Sul pelo município medense, que reassumiu a gestão do complexo termal.
«É mais um polo de desenvolvimento que estava paralisado e que agora vai funcionar com todas as condições», disse João Mourato, na cerimónia realizada na tarde de segunda-feira. «Como presidente sinto-me feliz, porque neste momento as termas têm um futuro e nós desejamos que nunca mais fechem», acrescentou o autarca social-democrata. A unidade termal está a funcionar «na totalidade» com uma equipa multidisciplinar, composta por médicos, especialistas, enfermeiros e funcionários que estarão a trabalhar «até ao final desta época termal», que se prolonga até novembro. «Tinha que ser uma empresa que estivesse muito dentro desta área, porque precisamos desse tipo de apoio que não tínhamos. Portanto, acho que foi uma boa aposta», acrescentou João Mourato a O INTERIOR.
De acordo com o edil social-democrata, o município vai pagar «entre 30 mil a 40 mil euros por mês», estando ainda a ser negociada a duração do contrato. «Todas as receitas das termas vão reverter para a Câmara. De qualquer forma, isto não é um custo, é um investimento, uma vez que era um equipamento que fazia todo sentido abrir e que estava “morto”», sublinha o autarca, adiantando que a reabertura das termas de Longroiva vai dar emprego a dez pessoas. Na sessão de reabertura marcaram presença o vice-presidente da CCDRC, José Morgado, e o presidente da Associação das Termas de Portugal. Na sua intervenção, Vítor Leal disse que era «um crime económico» o complexo termal de Longroiva estar fechado há três anos. «É um dos maiores investimentos que houve na região Centro, ao nível de equipamentos termais, a par do Cró (Sabugal) e da Fonte Santa (Almeida). Era um dos três equipamentos que a CCDR apoiou fortemente no anterior quadro comunitário e ainda no QREN. Além da sua grandiosidade, tem equipamentos de última geração, que não existem em muitas das termas portuguesas e que estavam parados», justificou.
O responsável acrescentou que Longroiva está «na vanguarda» do termalismo e chegou a ter cerca de 1.200 termalistas por época. «Não estar a funcionar é, para nós, além de um crime para o termalismo, é um crime económico para esta região, porque estamos crentes que com a sua reabertura vão regressar novos termalistas e turistas para dinamizar a economia local», considerou o presidente da Associação das Termas de Portugal. Vítor Leal acredita que a reabilitação da rede de termas existente na região, com os complexos de Longroiva (Mêda), Cró (Sabugal), Fonte Santa (Almeida), Unhais da Serra (Covilhã) e Penamacor, foi uma aposta acertada, embora considere ser atualmente necessário fazer «alguns ajustes, nomeadamente no relacionamento com os operadores privados e nesta interligação cada vez maior que existe com o termalismo de saúde e de bem-estar. Mas são ajustes que já estão a ser pensados e acredito que se irá responder a essa procura, sobretudo na promoção dos destinos turísticos termais».
Câmara da Mêda reabre termas de Longroiva com apoio de empresa de São Pedro do Sul
Complexo termal esteve fechado nos últimos três anos e reabriu na passada segunda-feira