Ao contrário do que foi noticiado na semana passada, o fecho da fábrica da Opel, na Azambuja, não vai ter repercussões nas unidades de produção de cablagens da Delphi na Guarda e Castelo Branco, onde laboram mais 1.800 trabalhadores. O “Diário Económico” tinha adiantado que as duas fábricas poderiam fechar caso a produção do modelo Opel Combo fosse transferida para Saragoça (Espanha), pois aquelas unidades forneciam a GM e teriam custos de logística elevados com a deslocalização. O jornal avança mesmo que a Delphi já teria diminuído o número de trabalhadores, que, em 2005, rondava os 1.850. No entanto, a notícia foi rapidamente desmentida por José Couto, administrador da Delphi, dizendo que o fecho da General Motors «não terá qualquer impacto» na produção das unidades de cablagens do interior. A Delphi possui actualmente cinco unidades em Portugal (Guarda, Castelo Branco, Braga, Ponte de Sôr e Seixal), tendo fechado no ano passado a do Linhó (Sintra), que também produzia cablagens. Apesar da GM ser um importante cliente da empresa, nenhuma das cinco fábricas está em risco, pois não fornecem material para o Opel Combo, cuja produção será transferida para o país vizinho. A fábrica da Azambuja será desactivada até ao final do ano. Actualmente os principais clientes da Delphi portuguesa são a Renault, Ferrari, Maserati e Land Rover, entre outros.