Sociedade

Lisete Terras desiste de concorrer a emprego na Câmara da Guarda

Escrito por Luís Martins

Sérgio Costa anunciou no final da última reunião de Câmara que a mulher, Lisete Terras, retirou as candidaturas que apresentou aos concursos para a contratação de assistentes técnicos e operacionais para os quadros do município da Guarda.
«Devo agradecer à minha mulher por esta decisão pessoal porque não pode admitir o enxovalho que está a ser feito pelos representantes do PSD e por outras pessoas que gostam muito dessas bandeiras na Guarda. Esperamos que este processo termine porque, se não for assim, poderemos ter de recorrer a outras instâncias», avisou o autarca guardense. O edil independente garantiu ainda que Luís Santos, sua assessora, não estará presente «em mais nenhum concurso como membro de júri». De resto, Sérgio Costa voltou a reiterar que «todos os cidadãos são livres de concorrer a todo e qualquer concurso nos termos da Constituição» e argumentou que a anulação de um concurso era a decisão que «tinha que tomar para que não restassem dúvidas na opinião pública, para proteger o executivo municipal, o júri do concurso e os funcionários da Câmara, no que diz respeito à transparência, legalidade e idoneidade de todos». Na sua opinião, o PSD está «a colocar em causa tudo isto».
Sobre o assunto, Carlos Chaves Monteiro (PSD) lamentou que tenha sido anulado um concurso sem ter sido fundamentada essa decisão. «Foi por uma pessoa poder não ter a idoneidade ética para estar à frente do júri, foi por uma pessoa ter uma relação próxima com o presidente da Câmara, não sabemos porque há outros procedimentos idênticos que ficaram e o presidente não decidiu da mesma forma», disse o social-democrata. «Porque é que perante as mesmas situações não manteve a mesma decisão», interrogou o vereador da oposição. Já Luís Couto (PS) considerou que «as regras da ética têm que ser cumpridas. Deixou tudo a descoberto quando escolheu o júri, parece que estamos numa de ter garantias para que a coisa se dê conforme queremos», afirmou. «Espero que as pessoas tenham bom senso, comportamento ético e no final não se vá buscar pessoas classificadas no 17º lugar para segundo ou terceiro com aquela coisa da entrevista, em que quem tem currículos miseráveis ultrapassa todos aqueles com currículos e experiências fantásticas, com provas dadas, espero que não aconteça o mesmo», avisou o socialista.
A reunião do executivo da passada segunda-feira ficou ainda marcada por uma denúncia de maus-tratos no canil/gatil municipal enviada aos vereadores por um ex-funcionário. O caso já está a ser investigado no âmbito de um processo de inquérito entretanto aberto.

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