Os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko foram condenados pelo homicídio qualificado do polícia Fábio Guerra a 20 e a 17 anos de prisão, respetivamente.
«A maneira de estar e a forma de atuar dos arguidos era como se estivessem num ringue de boxe, sempre em movimento com uma violência que deixava as vítimas a cair no chão e a cambalear», sublinhou a juíza presidente do Tribunal de Lisboa, na leitura do acórdão. «Estavam conscientes da superioridade física que tinham sobre os demais e era-lhes exigível um especial dever de contenção que não tiveram, antes pelo contrário», acrescentou a magistrada.
Natural da Covilhã, o agente da PSP Fábio Guerra, de 26 anos, morreu a 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, na sequência das lesões provocadas pelos arguidos, à porta de uma discoteca em Alcântara, quando, estando fora de serviço, foi tentar intervir numa situação de confrontos. Defesa de Cláudio Coimbra vai recorrer da decisão, apurou o “Expresso”. O mesmo poderá acontecer com a defesa da família de Fábio Guerra.