A Câmara da Guarda vai acolher o nono Gabinete de Apoio ao Emigrante do distrito. A autarquia e a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP), protocolaram, na semana passada, a abertura deste serviço de apoio aos ex-emigrantes, aos portugueses que estejam em vias de regressar, aos residentes nos países de acolhimento e a pessoas interessadas em emigrar.
Actualmente, há cerca de 320 processos oriundos do concelho da Guarda na Delegação Regional do Porto da DGACCP, relacionados com situações laborais, segurança social e ensino, entre outros. «Este gabinete vai ajudar estes nossos concidadãos no relacionamento com a administração pública, nomeadamente a Segurança Social, dos países onde estiveram emigrados, mas também facilitar o contacto dos emigrantes portugueses com os nossos serviços públicos portugueses. Por outro lado, informará quem pretende emigrar sobre os seus direitos e as empresas contratadoras, para evitar situações de exploração ou mesmo de escravatura», disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Silva Braga. Já o presidente do município, Joaquim Valente, valorizou a criação do gabinete pelo facto de permitir que os emigrantes e ex-emigrantes do concelho deixem de se deslocar ao Porto, onde até agora tratavam dos seus assuntos. «Estamos numa zona onde a emigração tem um peso social e económico muito grande e, tendo em conta aquilo que os nossos emigrantes fizeram pelo país, é altura de retribuir com um melhor serviço», sublinhou. O Gabinete de Apoio ao Emigrante vai funcionar integrado no Posto de Atendimento ao Cidadão local, no edifício dos Paços do Concelho. No distrito da Guarda faltam instalar gabinetes idênticos nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Manteigas, Seia, Fornos de Algodres e Trancoso.