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«O “Intertoon” é o meu “hobbie”»

Cara a Cara – Entrevista

P – Como é que escolhe o tema cada semana?

R – É um “cabo dos trabalhos”! Normalmente, dedico-me ao “Intertoon” ao domingo, ao fim do dia. Mas às vezes é uma grande dor de cabeça. Mas tanto posso perder uma ou duas horas, como três ou quatro ou só terminar na segunda-feira. Não é fácil! O mais difícil é fazer o texto, pois tem que ter humor e piada, ser curto e actual. Faço sempre um desenho com algum jeito, não desenho só por desenhar.

P – Que importância tem este tipo de trabalhos na imprensa?

R – Através dos desenhos humorísticos podemos alertar para determinados problemas. Por vezes, só com uma ou duas palavras consigo despertar o interesse das pessoas. Nem sempre lemos determinados assuntos que vêm escritos numa página, mas com o desenho podemos ver o assunto de outra maneira.

P – Costuma viver o seu dia-a-dia com humor?

R – Sim, procuro andar sempre com um sorriso na cara e até quando converso estou sempre a rir (risos)!

P – Qual é o seu “Intertoon” preferido?

R – Nunca pensei nisso. Às vezes faço-os e esqueço-me deles, por isso tinha que analisar todo o meu trabalho n’ “O Interior” ao longo de seis anos. Por acaso, não achei nada de especial o cartoon premiado, mandei outros que considerei terem mais piada. Mas o júri é que sabe. Quem faz, pensa muito no assunto, perde horas, e não tem a mesma percepção de uma pessoa que está de fora e o vê pela primeira vez, em segundos. Acho que é uma escolha muito difícil… prefiro não escolher nenhum.

P – Há outros prémios para ganhar nesta área?

R – A nível nacional este é o único. Há outros concursos, mas são mais virados para o âmbito internacional, como o Porto Cartoon – World Festival e outros. Neste momento não estou à espera de ganhar mais nenhum (risos)… mas vou continuar a concorrer.

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