1. A tentativa de golpe de estado, que não o chegou a ser, no Brasil, foi um ato de terrorismo contra a Democracia. Os bolsonaristas mostraram o que sempre soubemos: não respeitam nada, nem ninguém: odeiam a Democracia, são contra a liberdade e não admitem o pluralismo político. Como também já se sabia, o Brasil é hoje um país profundamente dividido, onde o terror fascista se passeou domingo pelo Planalto, pela sede dos três poderes da Federação brasileira. Se num primeiro momento se temeu o pior, pela forma como a polícia de Brasília apareceu conivente com os vândalos, o Estado reagiu e o poder legislativo, executivo e legal ganharam e afirmaram a Democracia e a Lei.
Mais uma vez, ficou em evidência o quanto são frágeis os pilares de uma Democracia perante a violência, a ignominia, o radicalismo e a deriva coletiva. Temos de estar sempre vigilantes. Hoje no Brasil, amanhã em qualquer outro país onde os extremismos, os populismos e os nacionalismos medrem. “Não passarão”, enquanto defendermos a liberdade de expressão e os direitos, liberdades e garantias.
2. O “Expresso” foi fundado em 1973 por Francisco Pinto Balsemão, num tempo em que as liberdades eram reprimidas e o jornalismo era condicionado por um regime moribundo, mas opressor. Portugal mudou muito desde então.
Francisco Pinto Balsemão, originário da Guarda, e que então foi eleito deputado à Assembleia Nacional pelo distrito da Guarda, jovem jornalista (tinha 35 anos), “rebelde”, desenhou um projeto editorial que mudaria a imprensa portuguesa e influenciaria a sociedade. Está de parabéns o “Expresso” e todos os que trabalham ou trabalharam no maior semanário português. Mas está fundamentalmente de parabéns Francisco Pinto Balsemão que foi e é a referência e o mentor do jornal; que teve a ousadia e a coragem de o fundar; que teve a visão, afirmou e o orientou com valores como a defesa da democracia e das liberdades sem tergiversar.
(Nota: Há 20 anos tive o privilégio de colaborar com Francisco Pinto Balsemão, José António Saraiva e Afonso Camões nomeadamente na criação da “Rede Expresso” de imprensa, um projeto que envolveu o jornal “Expresso” e 17 jornais regionais, como o O INTERIOR. Uma cooperação que nasceu no seguimento de outras colaborações e que me permitiu, num tempo de grandes mutações, com a emergência do digital, partilhar e viver de perto a dinâmica e trabalho de Balsemão e de muitos profissionais do “Expresso”. Por tudo isso, os meus parabéns e o meu obrigado como cidadão e jornalista ao “Expresso” e a todos os que o fizeram e fazem. Marcaram os últimos 50 anos).
3. Precisamente esta semana, em que as liberdades foram postas em causa no Brasil e o “Expresso”, baluarte da liberdade de expressão, cumpriu 50 anos, o jornal O INTERIOR foi reconhecido como o melhor jornal do interior de Portugal, sendo 18º no ranking nacional e 2.526º no ranking mundial elaborado pela SCImago Lab. Este observatório mundial independente, promovido por diversos grupos internacionais de comunicação social, com a colaboração de investigadores das universidades de Granada, Navarra e Pompeu Fabra, de Bacelona, para avaliar e comparar o desenvolvimento digital, a posição e a liderança de empresas jornalísticas a partir da perspetiva da sua reputação na web, o seu reconhecimento e notoriedade entre a imprensa e os processos de transformação digital no ecossistema dos media. Num ranking liderado pelos melhores jornais do mundo, que em Portugal é liderado pelo “Público”, o jornal O INTERIOR é o mais reputado, mais considerado e com mais notoriedade do interior de Portugal. Em 18º lugar no ranking nacional e o primeiro meio de comunicação social da Beira Interior. E a marca O INTERIOR é em todo o interior de Portugal a que tem mais «capacidade de se projetar como um ator influente na sociedade, seja pela qualidade informativa ou pelo reconhecimento da capacidade de escrutínio dos poderes ou de moldar a opinião pública». Ao lado dos melhores de Portugal e do mundo, no novo mundo da comunicação digital… Primeiro na região!
Pelas liberdades
“o jornal O INTERIOR foi reconhecido como o Melhor Jornal do Interior de Portugal, sendo 18º no ranking nacional e 2.526º no ranking mundial”