O Ginásio Figueirense bateu o pé ao líder União Desportiva de Seia, vencendo a partida de domingo com um resultado confortável. O encontro ficou marcado pela expulsão de três jogadores senenses, que complicaram em termos disciplinares e cuja ausência nas próximas jornadas vai certamente prejudicar o colectivo.
O jogo iniciou-se praticamente com o primeiro golo dos locais aos 14 . Livre na esquerda, bola bombeada para a área onde, após alguma confusão, Silva fez um golo muito contestado pelos visitantes, que pediram falta por pretensa mão do atacante figueirense – que, a acontecer, foi bola na mão e não o contrário. O Seia ainda digeria o primeiro golo quando, aos 22 , o Ginásio ampliou o marcador com um golo que veio dar mais confiança aos pupilos de Paulo Batista e revelou-se um autêntico balde de água gelada para o líder. Em desvantagem tão acentuada, o Seia puxou dos galões e começou a criar muito perigo junto à baliza de Boneco. Contudo, o golo teimava em não aparecer e, se o jogo não corria de feição aos senenses, pior ficou quando Mário viu o vermelho directo por agressão a João Vítor. O auxiliar de Pedro Afonso viu o lance e transmitiu de imediato ao seu chefe de equipa, que apenas aplicou as leis de jogo. Não houve qualquer razão para os muitos protestos do Seia, já que Mário atingiu o adversário na cara quando a bola estava longe. Apesar de jogarem com menos um elemento, foram os visitantes quem dominou até ao final da primeira parte, só que o tão desejado golo teimou em não aparecer.
O líder iniciou a etapa complementar com a mesma toada e a mandar na partida, mas sem resultados práticos. Até que, aos 56 , o Seia conseguiu reduzir com um golo do incansável Chico, que foi a “formiguinha” trabalhadora da equipa. Um tento que poderia ter relançado a partida, contudo, as dores de cabeça do técnico senense continuaram, pois, aos 75 , Mauro viu o segundo amarelo e três minutos depois foi a vez de Daniel ser expulso com o vermelho directo. Neste último caso o Conselho de Disciplina poderá ter mão pesada, já que tudo o que disse e fez enquanto se dirigia para os balneários não dignifica em nada o futebol. Mas as expulsões não se ficaram por aqui. O treinador do Seia também recebeu ordem de expulsão, uma decisão correcta de Pedro Afonso que pecou por tardia. A perder e com menos três jogadores em campo, a tarefa dos serranos ficou então muito mais complicada, enquanto o Ginásio passou a controlar a partida. O golo da tranquilidade chegou aos 87 , por intermédio de Bruno Coutinho, mas, antes do final, a equipa da casa ainda viu Alexandre ser expulso por acumulação de amarelos.
Rui Geraldes/ Rádio Elmo