Sociedade

Internacionalização e turismo em debate na Guarda

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Escrito por Efigénia Marques

A Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) organizou, na segunda-feira, um jantar/debate com alguns convidados do setor dos vinhos e do turismo para assinalar o encerramento de um projeto realizado em parceria com a CVR de Trás-os-Montes.
O projeto “HWines” serviu para a promoção e internacionalização dos néctares destas duas regiões vitivinícolas em cinco países, com destaque para dois países sul americanos: México e Colômbia. Durante várias semanas, estas duas regiões vitivinícolas receberam importadores de vários países da Europa e não só. Um dos participantes na sessão foi o presidente do Turismo do Centro. Pedro Machado sublinhou a importância do setor do vinho em termos económicos «não apenas na exportação, mas também na captação de turistas, sendo que, atualmente, Portugal é o segundo país mais competitivo no enoturismo a nível europeu», destacou.
A internacionalização dos vinhos da Beira Interior é cada vez mais uma realidade e Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal veio «dar uma ajuda aos produtores para tentarem encontrar novos mercados», salientando que «neste setor muito competitivo há ainda muitos mercados por explorar». A presença física em feiras internacionais é um fator «extremamente importante para dar a conhecer os vinhos portugueses e desta região em particular», referiu o responsável. O presidente da CVRBI, Rodolfo Queirós, destacou que «a exportação dos vinhos da Beira Interior ronda neste momento os 24 por cento».
Entretanto, já se começam a fazer contas à produção de vinho deste ano. Na área de abrangência da Adega Cooperativa de Pinhel registou-se uma quebra de cerca de 20 por cento face a 2021 devido à seca e ao calor. «Tendo em conta as condições adversas em termos de seca e excesso de calor, as perspetivas acabaram por se confirmar. Houve uma quebra de aproximadamente 20 por cento em relação ao ano passado. De uma campanha com 18,5 milhões no ano passado, passámos 15,4 milhões de quilos de uvas”, adiantou Agostinho Monteiro. A Adega Cooperativa de Pinhel tem cerca de 1.800 associados e produz vinhos tintos, brancos, rosés frisantes e espumantes.

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Efigénia Marques

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