É «um bom ponto de partida» o pacote de medidas aprovado pelo Governo para recuperar a Serra da Estrela, consideram os autarcas da região.
Para Flávio Massano, edil de Manteigas, «cada medida vai merecer a nossa análise quando tivermos acesso à resolução, mas neste momento diria que é um bom ponto de partida para começarmos a intervir no território». O autarca acrescentou que, «mais importante do que os milhões, é o que vamos conseguir executar e nós, autarcas, estamos preocupados com isso». Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda, fala em «largas dezenas de milhões de euros de prejuízo no concelho e é esse trabalho que estamos a fazer com o Estado central, seja através do Fundo de Emergência Municipal ou por outras vias, para fazer face a essas necessidades. Temos estradas danificadas, abastecimento de água em causa nalgumas aldeias, segurança e sinalização rodoviária e muitos milhões de euros de prejuízo em infraestruturas municipais. A expetativa é elevada e aguardamos a publicação da resolução do Conselho de Ministros para trabalhar».
Por sua vez, Luciano Ribeiro, presidente da Câmara de Seia, afirma que a resolução do Conselho de Ministros e os valores anunciados «estão de acordo com os compromissos assumidos» com os municípios. «No caso de Seia, as medidas vão de encontro às preocupações dos empresários, em particular da área do turismo. O que nos preocupa nesta fase é que se possa minimizar ao máximo os danos na biodiversidade da serra e ajudar as famílias e empresas a passar estes tempos que já são difíceis», disse o edil senense. Já Carlos Ascensão, autarca de Celorico da Beira, diz tratar-se de «um conjunto de respostas que precisam de alguma especificação, mas vão de encontro às solicitações dos municípios». No entanto, o presidente celoricense considera que o Governo poderia ter sido «mais generoso» em termos de apoios. Finalmente, Luís Tadeu, presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) e da Câmara de Gouveia, assume que «o foco» deve ser o Plano de Revitalização da Serra da Estrela porque os 200 milhões de euros destinam-se a medidas de «curtíssimo e médio prazo».