Seis autarcas da Serra da Estrela exigem a declaração do estado de calamidade «com efeito imediato» para toda área do parque natural após os grandes incêndios dos últimos dias, que já terão consumido cerca de 24 mil hectares.
A reivindicação resultou esta quinta-feira de uma reunião realizada em Manteigas, onde foi defendida a elaboração de um plano de revitalização da maior área protegida do país «ao nível do ordenamento florestal, da paisagem, ao nível hídrico e turístico», adiantou Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda.
Outra das exigências é o «tratamento prioritário» das bacias hidrográficas do Zêzere e do Mondego para evitar que a bacia do Vale do Tejo e do Baixo Mondego, que fornece água a «milhões de pessoas», seja «afetada pela contaminação decorrente da erosão e poluição dos solos e das linhas de água» na Serra da Estrela.
Os autarcas pedem também um «apoio urgente» para o setor agrícola e pecuário da região, bem como medidas de «curto prazo» para estabilização dos solos e das encostas afetadas pelo incêndio e a recuperação de infraestruturas viárias, de telecomunicações e de abastecimento de água nas localidades afetadas.