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Sindicato dá 25 dias para que Rui Cardoso e Paulo de Oliveira se entendam

Ex-trabalhadores da Nova prometem «endurecer» formas de luta caso impasse jurídico não fique resolvido

Reunidos no último sábado em plenário, no Salão Polivalente da Filarmónica Recreativa Carvalhense da Vila do Carvalho, os ex-trabalhadores da Nova analisaram novamente o processo da empresa. Contudo, desta feita pretendem ir mais longe na luta pelos últimos 25 por cento das indemnizações acordados com Paulo de Oliveira, que adquiriu a empresa há mais de dois anos.

Assim, exigem agora que o impasse judicial que se tem vindo a prolongar entre aquele empresário e Rui Cardoso, dono da Beiralã, fique resolvido «num prazo máximo de 25 dias», a contar do último sábado. O objectivo é possibilitar «o trânsito em julgado da sentença que decidiu o trespasse da Nova para a Tessimax», lê-se no comunicado que o Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa (STBB) enviou à comunicação social, uma vez que o plenário aconteceu à porta fechada. Ficou também decidido contactar os principais credores – a Segurança Social, o IAPMEI e os bancos – para que sejam informados das «transferências ilegítimas de património da empresa» que Paulo de Oliveira estará, alegadamente, a levar a cabo para a sua imobiliária. Por outro lado, e caso o processo não esteja resolvido, foi agendada para 10 de Março uma nova acção pública, a realizar junto dos dois empresários e do tribunal da Covilhã, para mostrar que «enquanto Paulo de Oliveira não pagar aos credores, a empresa também é destes».

O pagamento dos últimos 25 por cento dos créditos a que os trabalhadores têm direito e o funcionamento «moroso» dos tribunais esteve, uma vez mais, no centro das críticas durante o plenário. Das conclusões divulgadas, destaque para o «repúdio pelas campanhas caluniosas e difamatórias» de que Luís Garra, presidente do STBB, tem sido alegadamente alvo e a falta de «razão moral» de Paulo de Oliveira «que invoca os recursos para não pagar». Já o comportamento de Rui Cardoso é considerado «incoerente, interesseiro, erróneo e destrutivo». De resto, os trabalhadores chegam mesmo a recorrer às ameaças. «Exigimos que, de uma vez por todas, ponha fim aos recursos. Se não o fizer ver-nos-emos forçados a endurecer as nossas posições e iniciativas», lê-se no comunicado.

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