O Aguiar da Beira recebeu, no último domingo, o Arcozelo da Serra e só conseguiu os dois golos da vitória na segunda metade. A equipa da casa interrompeu assim uma série de quatro empates seguidos que já provocavam “dores de cabeça” ao treinador Totá, enquanto os seus pupilos andavam com os nervos à flor da pele.
Este factor acabou por influenciar o rendimento do Aguiar, que voltou a não entrar bem nesta partida. Deste modo, foi o Arcozelo que surgiu melhor e deu uma boa réplica ao adversário, chegando mesmo a criar situações de golo feito. Contudo, os seus atacantes, principalmente Duarte e Tavares, não tiveram a sorte nem a pontaria afinada. Não fosse isto e o Aguiar teria ficado em grandes apuros, pois o golo dos visitantes esteve à vista em pelo menos duas ou três ocasiões. Já os locais, sem fazerem um bonito jogo, conseguiram dar um ar da sua graça na segunda metade, construindo algumas jogadas de perigo, mas falta algo no ataque ou alguém que faça a diferença. Apesar disto, logo aos 5’, Nuno Sena, de longe, levou perigo à baliza do Arcozelo, que, aos 13’, após a marcação de um canto, também beneficiou de uma boa situação quando Tavares rematou ligeiramente ao lado. Aos 41’, grande confusão na pequena área de Fernando de onde surgiu um remate à queima-roupa de Varandas que obrigou Fernando a defesa apertada. O esférico ainda embateu no travessão e ressaltou para Mozer, que disparou forte para nova boa defesa do número um arcozelense.
Na resposta, aos 45 , os visitantes poderiam ter inaugurado o marcador, por intermédio de Duarte, que, isolado após um passe longo, controlou bem a bola e desferiu um potente remate que Bruno defendeu bem. No reatamento, as coisas continuaram na mesma. O Aguiar procurava constantemente a baliza contrária, enquanto o Arcozelo ia tentando sair em rápidos contra-ataques que, por vezes, apanharam a defensiva contrária adiantada. Foi deste modo que, aos 48 , desperdiçaram mais um golo quase feito, quando Tavares, depois de receber uma bola bombeada da sua defesa e só com Bruno pela frente, rematou muito por cima da trave. Mas aos 70’, quando já pairava o “espectro” de mais um empate, o décimo, Agostinho, num rasgo de inteligência e visão, recebeu a bola a meio do terreno contrário e fez um golaço. O remate foi tão forte e bem colocado que Fernando nada pôde fazer. Nove minutos depois, quase tirado a papel químico, e quase do mesmo local, Clemente recebeu a bola que tinha ressaltado depois da marcação de um canto e rematou fortíssimo para fazer mais um grande golo. A equipa de arbitragem, chefiada pelo jovem Hugo Geraldes, fez uma excelente actuação, tirando um ou outro erro técnico.
Pedro Sousa