O município de Almeida assinalou, na segunda-feira, o nascimento do filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço (1923-2020) com a inauguração de um memorial em azulejo.
A estrutura fica no largo da vila fortificada que, desde 2021, tem o nome do pensador que era natural da aldeia de São Pedro do Rio Seco, naquele concelho. Segundo o presidente da autarquia, António José Machado, o memorial era para ser inaugurado em 2021, mas não foi possível devido a «motivos de ordem climática». A homenagem é promovida pela Câmara, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Galeria Ratton (Lisboa). O elemento escultório foi projetado pelo arquiteto Tiago Montepegado (Galeria Ratton) e é composto por «uma lâmina vertical totalmente revestida a azulejo da autoria da pintora Graça Morais». «São painéis de azulejos com a essência do pensamento e da obra de Eduardo Lourenço e uma reconstituição da figura do próprio pensador», adiantou o autarca almeidense. O memorial contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e a participação de Guilherme d’Oliveira Martins, que selecionou um conjunto de citações de Eduardo Lourenço que foram integradas na intervenção artística azulejar da pintora Graça Morais. O investimento global de cerca de 40 mil euros foi suportado pelo município de Almeida, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.