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AAUBI vai a votos a 12 Janeiro

Bruno Carneiro é, por enquanto, o único candidato à presidência da Associação Académica da UBI

As próximas eleições para a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) já “mexem” na “casa azul”. A poucos dias de terminar o trabalho da comissão de gestão presidida, desde Junho, por Paulo Ferrinho, já há quem se assume como candidato a liderar os destinos dos estudantes no próximo ano.

Bruno Carneiro, estudante de Engenharia Civil e elemento da comissão de gestão, formou uma lista para concorrer às eleições marcadas para 12 de Janeiro. O prazo para a entrega de listas termina a 2 de Janeiro, mas, por enquanto, este é o único concorrente disponível para enfrentar as “urnas”. Já com algum “know-how” em matéria associativa – desempenhou funções no mandato de Luís Franco e foi tesoureiro na direcção de Nuno Costa, Bruno Carneiro pretende «continuar o trabalho desenvolvido» pela comissão. Para isso, alia a experiência de 11 colegas daquele organismo com o «sangue novo» de outros 10 elementos. A lista para a Assembleia Geral é liderada por Nuno Costa (ex-presidente da AAUBI), enquanto Marco Pais concorre ao Conselho Fiscal. Apesar de ainda não revelar o seu programa eleitoral, «rigor» não faltará certamente no próximo mandato. Esta é, pelo menos, a promessa do candidato, garantindo que se ganhar – isto, prevendo a participação de mais listas – «não irá desenvolver projectos extravagantes».

Uma opção que fica a dever-se «à necessidade de continuar com uma política de contenção» para eliminar o passivo financeiro que a associação ainda tem. Dos 110 mil euros de dívida da AAUBI em Junho, a comissão de gestão já liquidou 85 mil euros. «A dívida foi reduzida em 75 por cento. Faltam apenas 25 mil euros para pagar o passivo», adiantou, por sua vez, Paulo Ferrinho, para quem o trabalho desenvolvido por esta comissão foi «excelente e francamente positivo, já que conseguiu dar de novo credibilidade à associação». Na hora da despedida, aquele responsável espera apenas que as futuras direcções «não estraguem» a AAUBI. Mas para isso, a comissão de gestão já providenciou medidas. Entre elas está a aprovação em Assembleia Geral de Alunos (AGA), na semana passada, dos novos estatutos da associação, que tendem a impor limites de despesas e a responsabilização civil de cada membro dos vários órgãos sociais.

Para além do rigor orçamental e de uma política empresarial, os novos estatutos atribuem ainda mais competências ao gestor, como a emissão de pareceres vinculativos sobre a viabilidade dos projectos e de determinadas despesas. Além disso, a AGA aprovou igualmente a criação de três novos órgãos para impor mais responsabilização e agilizar o funcionamento da instituição: os Conselhos Administrativo, Consultivo e de Núcleos. O primeiro terá por base a gestão empresarial da AAUBI, enquanto que ao segundo caberá a emissão de pareceres sobre as secções de Pedagogia e Política Educativa ou sobre o funcionamento da universidade. Já o Conselho de Núcleos, constituído pelos representantes dos 32 núcleos de licenciatura e pela AAUBI, permite estabelecer uma relação mais próxima com os estudantes dos vários cursos e criar mais rigor nas suas contas.

Liliana Correia

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